
02 de maio de 2014 | 07h00
Levar uma lembrança de uma festa de casamento, de um evento da empresa ou do aniversário de uma pessoa querida é algo que, sem dúvida, pode marcar a data de forma especial. Por isso, até a popularização das máquinas digitais de fotografia não impede o êxito de empresas que oferecem o serviço de foto-cabine. Mas o presente pode ser até mais interativo e inusitado, como é o caso de quem trabalha com esculturas.
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A Foto Cabine, do Rio de Janeiro, oferece o produto desde 2008. O fundador, Bruno Bezerra, trouxe o conceito dos Estados Unidos. Para criar a primeira versão, ele investiu R$ 4 mil.
Funciona da seguinte forma: o convidado entra na cabine e escolhe o modelo. A máquina tira a foto e a imprime na hora. O convidado fica com uma cópia, a outra pode colar em um álbum para a noiva ou aniversariante. As imagens ainda podem ser compartilhadas em rede social ou, transformadas em arquivos animados (gifs) para site. A empresa tem até uma Kombi da década de 1960, também alugada como cabine de foto.
Em 2013, Bezerra conta que faturou R$ 2 milhões. Metade desse montante veio das 10 cabines que ele tem atualmente. O restante foi fruto de outros produtos, como o de impressão de fotos do aplicativo Instagram. O valor do aluguel de uma cabine para uma festa é de R$ 2 mil e a empresa faz cerca de 80 eventos por mês.
Neste ano, o empresário prevê um crescimento de 30% em valor e pretende montar mais cinco cabines, além de ampliar o atendimento para outras cidades.
O negócio de fotos também atraiu os casal Miriam Fernanda Pagadigorria e Felipe Gavazzi. Ele é bombeiro e ela trabalhava em uma empresa da área financeira, mas agora está se dedicando 100% a empresa Mustache Foto Cabine.
Eles têm duas cabines com as quais fazem R$ 14 mil por mês, sendo que o faturamento líquido chega a R$ 9 mil. O valor de cada aluguel é R$ 2,5 mil. "Temos 60 contratos fechados nesse ano e estamos estudando a abertura de franquia para a marca", diz.
E se esses empresários ganham dinheiro com fotos, Marcelo Moretti percorre o caminho da escultura para faturar R$ 450 mil, o resultado obtido por ele em 2013. Desde 1999, ele faz mãos de cera em festas de aniversário e eventos empresariais. O equipamento, que molda a mão do convidado, mais a máquina que colore a peça, demanda um investimento de aproximadamente R$ 15 mil.
"Em 15 anos, fiz mais de 350 mil esculturas de mãos", diz o empreendedor. A empresa Mãos de Cera realiza cerca de 30 eventos por mês e o valor que o dono da festa desembolsa é, em média, R$ 1,2 mil.
A mão de cera fica pronta em quatro minutos e o convidado pode levar a escultura inusitada para casa. "O mercado de festas no Brasil é promissor, as pessoas investem bastante, dar importância a esse tipo de evento faz parte da cultura do brasileiro", afirma Moretti.
Em 2005, o empresário partiu para expansão por meio de franquias. Atualmente, são duas no interior de São Paulo, em São José do Rio Preto e Campinas, uma em Belo Horizonte e uma no Rio de Janeiro. O valor para abrir uma unidade chega perto de R$ 50 mil.
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