Lanchonete em SP dá quantos hambúrgueres cliente aguentar por R$ 50

Ação é encampada por casa da zona norte de SP para reduzir os efeitos sazonais do começo do ano

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Por Renato Jakitas
Atualização:

A equação crise financeira + carnaval + dividas de começo de ano, geralmente, é igual a dores na cabeça do comerciante, até mesmo para quem trabalha com comida pronta numa cidade como São Paulo, onde comer fora de casa é um hábito que equivale a ir ao cinema ou sair para dançar.

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Para tentar reverter essa dura realidade sazonal, uma lanchonete há oito anos instalada em Santana, na zona norte da capital, resolveu encampar uma ação, no mínimo, curiosa. No decorrer de todo o mês de fevereiro, os clientes podem se instalar no estabelecimento e irem pedindo hambúrgueres, de qualquer tamanho, preço e sabor à disposição no cardápio, pagando pela fatura, no fim, R$ 49,99. 

A ideia vem de Michel Martim, que além da lanchonete Chip's, é dono também de uma pizzaria e um restaurante de comida italiana, todos instalados na mesma rua, e mantidos em sociedade com o pai.

"Essa é a primeira vez que a gente faz uma ação assim. Lançamos há dois dias a campanha, pelo Facebook, e ficamos surpreendidos com o resultado", conta Martim, que abre a página da lanchonete na rede social e se orgulha com os números recentes. "Publiquei um post na quarta-feira e ele já alcançou 350 mil pessoas organicamente (sem investimento em publicidade na rede social). Em dois dias, minha página ganhou 5 mil curtidas", diz.

No salão dos restaurante, que é o que interesse no fim das contas, o comerciante diz que o aumento do movimento é esperado para a partir de hoje a noite, quando começa o feriado de carnaval na cabeça das pessoas. "Estou acompanhado o comentário das pessoas no Facebook, e vi que tem muita gente marcando pra nos visitar hoje de noite, ou amanhã, no sábado", conta ele, que vai trabalhar com o contingente total de funcionários na segunda-feira. "Não vamos emendar, não. A gente tem de vender."

Puro marketing. Geralmente, quem se vai até a lanchonete de Michel Martim desembolsa algo em torno de R$ 35, com bebida. Assim, o preço de R$ 49,99 para comer a vontade, é uma aposta do empresário que, por mais animado que esteja o freguês, ele não vai comer mais do que três, no máximo quatro lanches. "Se ele pedir quatro lanches, mesmo assim eu empato, não perco dinheiro. Isso porque ele vai acabar bebendo um refrigerante, uma água. E, no final, fiz uma ação de marketing sem grandes custos", conta o empresário, que vende uma Coca-Cola por R$ 5,50. 

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