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Juros altos e redução do crédito impactam comércio e serviços

Mesmo diante de sinais preocupantes, alguns empresários mantêm o otimismo com relação ao que lhes espera em 2015

Por Vivian Codogno
Atualização:

O desempenho das empresas que atuam no comércio ou com a oferta de serviços está diretamente ligado à disposição do consumidor em gastar. E é justamente nesse ponto que especialistas e empresários não se entendem. Enquanto os primeiros alertam para dias de vacas magras, os últimos mantêm posição um pouco mais otimista.

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“É uma questão estatística: o governo eleva a carga tributária, os juros e reduz o crédito. Com isso, desacelera o consumo e impacta no varejo e nos serviços”, afirma José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator. Já Frederico Turolla, professor da ESPM, acha que alguns setores podem até se beneficiar. “A área de cosméticos e beleza tem a questão da autoindulgência. A pessoa pode gastar para compensar outras dificuldades.”

É nisso o que aposta Márcio Neves, sócio do centro estético Summer In. “Para nós, 2014 foi uma maravilha. Pretendemos crescer entre 15% e 20% em 2015”, conta. Ele afirma ter faturado R$ 700 mil no ano passado e, agora, tem a ousada meta de comercializar 100 franquias.

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Outro empresário preparado para encarar com coragem os próximos anos é Domingos Cristiano Coppio, que em março do ano passado abriu uma empresa de aluguel de malas de viagem, a Rent a Bag. “Quando percebemos que seria difícil, procuramos parcerias com empresas de turismo. O movimento se intensificou e de novembro até agora aumentou consideravelmente”, conta Coppio, que mesmo assim vislumbra as dificuldades que pode enfrentar daqui para frente. “Tem coisas que as pessoas não precisam ter em casa. A mala é uma delas. No nosso primeiro mês de funcionamento, alugamos três malas. Mas no fim do ano todas estavam alugadas.” 

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