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Jovens empresários enfrentam desafios

Empreendedores falam sobre os desafios de montar um negócio durante a graduação

Por Ligia Aguilhar - PME
Atualização:

Quando estava no último ano da graduação em marketing, em 2005, Juliano Martinez queria empreender. Por isso, sua proposta de projeto para conclusão do curso era a criação de um portal na internet que funcionasse como rede de troca de recomendações entre clientes, prestadores e empresas de serviços. A ideia, porém, foi rejeitada pelos professores, que consideraram o projeto pouco rentável. Na semana passada, no entanto, Martinez comemorava a compra do Resolva.me, negócio criado por ele a partir daquela ideia, pela maior empresa de comparação de preços da América Latina, o site Buscapé. “O maior incentivo que a universidade me deu foi negar o projeto. Se eu tivesse desenvolvido a empresa naquela época, não teria encontrado as pessoas certas para me associar (o Resolva.me tem cinco sócios) e poderia estar infeliz trabalhando em uma multinacional”, afirma. Martinez enfrentou ainda outra dificuldade comum a jovens empreendedores. Sem dinheiro para investir no negócio, associou-se a amigos de maneira que cada um usasse apenas suas habilidades na empreitada. Por isso, no começo, os empreendedores mantiveram seus trabalhos regulares e dedicavam ao projeto o tempo após o expediente. ::: Siga o Estadão PME nas redes sociais ::::: Twitter :::: Facebook :::: Google+ :: E para chamar a atenção de potenciais investidores, frequentavam ainda feiras e eventos de tecnologia e empreendedorismo. Para o empreendedor, mostrar-se ao mercado é fundamental. “Circular é importantíssimo para fazer contatos, e mais do que isso, é preciso ter pelo menos um piloto do seu produto para mostrar para pessoas importantes”, conta Martinez. A experiência universitária dos sócios Ricardo Buckup e Carlos Balma, entretanto, foi bem mais positiva. A dupla fundou a consultoria de marketing e promoção de ações para o público jovem B2 e conquistou a própria universidade em que estudavam como cliente. Antes disso, eles foram contratados pelos colegas de classe para a organização da festa de formatura da turma, realizada em 2002. A rotina, entretanto, mostrou que os empresários precisavam corrigir falhas – faltava a B2 modelos de gestão e conhecimento dos aspectos legais do negócio. “Vejo que hoje a educação empreendedora melhorou, mas na época faltava estímulo para vencer o medo de empreender e exemplos de casos de sucesso”, afirma Buckup. ::: LEIA TAMBÉM ::: :: Prefeitura investirá R$ 1,7 milhão para formar bons empreendedores :: :: Alimentação saudável é boa aposta de negócio :: :: Preço alto atrapalha, mas onda verde deve chegar até a classe C ::

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