Indústria: otimismo dos empresários sobe 0,9 ponto em fevereiro

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o otimismo dos executivos cresceu 0,9 ponto este mês, para 58,2 pontos

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Por Célia Froufe (Broadcast) e Agência Estado
Atualização:

O otimismo dos empresários brasileiros subiu pelo segundo mês consecutivo em fevereiro, mas ainda está abaixo da marca verificada em igual mês do ano passado. De acordo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgado hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o otimismo dos executivos cresceu 0,9 ponto este mês, para 58,2 pontos.

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A marca está 3,4 pontos abaixo de fevereiro do ano passado e um ponto menor do que a média histórica. O Icei varia de zero a 100 pontos. Valores acima de 50 revelam que os industriais estão confiantes na economia brasileira. Abaixo dessa marca, mostram pessimismo.

A expectativa da CNI é de que o aumento da confiança se mantenha nos próximos meses. O economista da entidade, Marcelo Azevedo, explicou por meio do documento que é comum a melhora do humor dos empresários nos primeiros meses do ano. "O crescimento tanto em fevereiro quanto em janeiro, que havia registrado 2,3 pontos sobre dezembro, sinaliza essa tendência", justificou no documento.::: Siga o Estadão PME nas redes sociais ::::: Twitter :::: Facebook :::: Google + ::A confiança do empresariado aumentou nos três segmentos do setor: indústria de transformação, extrativa e construção civil. O maior crescimento do otimismo este mês foi verificado no setor extrativo, que inclui produção de carvão, gás e petróleo, minerais metálicos e não metálicos. O Icei subiu 2,6 pontos nesse segmento, passando para 62,9 pontos. Em fevereiro de 2011, estava em 64,7 pontos.

No segmento da construção, o indicador apresentou alta de 1,7 ponto, passando de 59,7 pontos em janeiro para 61,4 pontos este mês. Em fevereiro do ano passado, estava em 62,2 pontos. Já a confiança dos empresários da indústria de transformação foi a que menos avançou de janeiro (56,5 pontos) para fevereiro (57,3 pontos) - uma alta de 0,8 ponto. Em fevereiro de 2011, o otimismo dos empresários do segmento foi medido em 60,6 pontos.

NordesteA pesquisa da CNI identificou pelo quarto mês consecutivo que os industriais nordestinos seguem como os mais otimistas do País. Apesar da queda de 62,8 pontos em janeiro para 61,7 pontos este mês, a região é a mais confiante na economia. A distância em relação a fevereiro do ano passado é ainda maior, já que na ocasião estava em 65,4 pontos.

No Centro-Oeste, houve uma leve melhora do otimismo dos empresários, já que o índice passou de 59,3 pontos em janeiro para 60,2 pontos em fevereiro - em fevereiro do ano passado estava em 64,6 pontos. No caso do Norte, a elevação foi maior no período, passando de 56,4 pontos para 59,8 pontos. O indicador deste mês está bem abaixo, no entanto, da marca verificada em fevereiro de 2011, de 64,5 pontos.

No Sul, o comportamento do Icei foi similar, já que saiu de 55,9 pontos no mês passado para 57,5 pontos agora ante 59,5 pontos registrados em fevereiro do ano passado.

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O Sudeste é a região do País em que os empresários estão menos confiantes. O índice saiu de 55,1 pontos em janeiro para 55,8 pontos este mês, ainda longe da marca de 59,9 pontos apresentada pela CNI em fevereiro de 2011.

Seis mesesPara os próximos seis meses, as expectativas dos empresários para a economia subiram de 57,2 pontos em janeiro para 58,8 pontos em fevereiro, segundo o Icei. O indicador de perspectivas para o futuro das empresas cresceu de 64 pontos para 64,6 pontos no período.

Mas com relação às condições atuais da economia, mesmo com alta de 1,5 ponto em fevereiro ante o mês passado, os industriais continuam pessimistas, já que o indicador registrou 47,6 pontos em fevereiro e continua abaixo da linha dos 50 pontos desde março de 2011, quando assinalou 49,9 pontos.

Sobre as condições atuais da empresa, o índice passou do pessimismo em janeiro, quando marcou 49,6 pontos, para a estabilidade em fevereiro, ao registrar 50,3 pontos. O Icei de fevereiro foi calculado com base em entrevistas feitas com 2.192 empresas entre os dias 1º e 14 de fevereiro, das quais 773 eram de pequeno porte, 852 médias e 567 de grande porte.

 

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