Publicidade

Baixo desempenho da indústria faz faturamento das MPEs paulistas cair em fevereiro

Após dois meses de alta, Receita de pequeno empresário paulista recuou R$ 1,6 bilhão em relação ao mesmo mês do ano passado

PUBLICIDADE

Por Leonardo Pinto
Atualização:

Alavancado pelo mau desempenho da indústria, o faturamento das micro e pequenas empresas (MPEs) do Estado de São Paulo caiu 3,3% em fevereiro deste ano se comparado ao mesmo período de 2016. Conforme aponta levantamento realizado pelo Sebrae, a receita total dos pequenos negócios foi de R$ 46,3 bilhões, queda de R$ 1,6 bilhão em relação ao ano passado.

Até então, o cenário era de boas expectativas, já que a receita dos microempreendedores apresentou duas altas seguidas, em dezembro e janeiro,depois de dez meses de déficit no faturamento, com aumentos de 7,6% e 3,9%, respectivamente - dados também obtidos pela variação aos mesmos meses de 2016.

Queda do faturamento dos pequenos negócios foi impulsionada pela indústria Foto: Filipe Araujo/Estadão

PUBLICIDADE

A indústria foi o setor responsável por puxar para baixo os pequenos negócios em fevereiro, com queda de 12,3%. No comércio, houve diminuição de 3% e nos serviços a redução foi de 0,8%. De acordo com o presidente do Sebrae-SP, Paulo Skaf, a oscilação da capacidade produtiva das indústrias já era prevista. “Momentos de volatilidade no desempenho do setor produtivo ainda são esperados. Após dois meses de aumento no faturamento, a receita voltou a recuar”, afirma Skaf. 

Com o fiasco do ramo industrial, o Grande ABC foi a região que mais diminuiu seus faturamentos em fevereiro na comparação anual: 16,2%. A região metropolitana de São Paulo aparece depois, com recuo de 6%, e em seguida o interior do estado e a capital paulista tiveram, respectivamente, quedas de 0,5% e 0,4%.

Mercado de trabalho. Com relação a emprego no mês de fevereiro, o número de pessoas ocupadas nas MPEs teve queda de 4,7% sobre 2016, acompanhado de uma baixa na folha de salários, reduzida em 9,1%. Nessa comparação, apenas o rendimento real dos trabalhadores teve variação positiva: 0,9%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.