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Inadimplência do consumidor cresce 2,9% em julho

Resultado representa desaceleração da inadimplência em relação aos dois meses anteriores

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Foto do author Circe Bonatelli
Por Circe Bonatelli (Broadcast) e Agência Estado
Atualização:

 A inadimplência dos consumidores no País subiu 2,9% em julho ante junho, a segunda menor elevação no ano, de acordo com pesquisa divulgada hoje pela Serasa Experian. O resultado também representa desaceleração da inadimplência em relação aos dois meses anteriores. Em junho, o indicador subiu 4,7% ante o mês anterior (segundo dados revisados da Serasa Experian), e em maio, a alta foi de 8,2% ante abril.

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O levantamento também mostra que a inadimplência dos consumidores em julho cresceu 27,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, e avançou 22,5% de janeiro a julho de 2011 ante o mesmo período do ano anterior. Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, a desaceleração da inadimplência em julho ante junho reflete a maior cautela dos consumidores com sua renda e condições de crédito. "Diante da política econômica restritiva para controle da inflação, o consumidor aproveita a evolução de sua renda para priorizar o pagamento e a renegociação das dívidas assumidas e ainda dá sinais de menor demanda por novos créditos", afirma a Serasa Experian, em nota.

A alta da inadimplência na comparação entre julho e junho foi puxada pelo avanço em três dos quatro indicadores avaliados pela pesquisa: dívidas bancárias (5,2%); dívidas não bancárias, como cartões de crédito, financeiras, lojas e prestadoras de serviços (1,2%); e títulos protestados (10,1%). No período, os cheques sem fundo foram o único componente a recuar, com queda de 2,0%.

O valor médio das dívidas com bancos, que têm maior peso na formação do indicador de inadimplência, diminuiu de janeiro a julho de 2011 ante o mesmo período de 2010. No período, o recuo foi de 1,2%, passando de R$ 1.324,09 para R$ 1.308,39. Também houve queda no valor médio das dívidas não bancárias, que caiu 21,6%, passando de R$ 384,37 para R$ 301,21.

No mesmo período, os valores médios dos títulos protestados e dos cheques sem fundos cresceram 14,6% e 7,7%, respectivamente. O primeiro foi de R$ 1.162,20 para R$ 1.332,34, enquanto o segundo foi de R$ 1.230,23 para R$ 1.324,82.

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