Impacto econômico em Itaquera é esperado para depois da Copa do Mundo

Essa, pelo menos, é a opinião da Prefeitura, e de certa forma, de alguns analistas

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Por Renato Jakitas
Atualização:

O retorno das obras e dos projetos que envolvem a instalação de equipamentos públicos em Itaquera é para depois da Copa do Mundo. Essa, pelo menos, é a opinião da Prefeitura, e de certa forma, de alguns analistas ouvidos pelo Estado.

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Para a vice-prefeita e coordenadora do SPCopa, Nádia Campeão, na medida em que o tempo passar, a arena corintiana deve mobilizar uma nova economia em seu entorno. “O retorno é óbvio que será depois”, diz. “O estádio vai continuar lá. Não vai ser só nos dias de jogos. Ele tem área para reuniões, para convenções, para exposições. E eles (os dirigentes do Corinthians) estão prevendo uma atividade permanente. Claro que isso dinamiza toda a cadeia local de comércio”, afirma a vice-prefeita.

Professor de empreendedorismo do Insper, Marcelo Nakagawa não é tão otimista com relação aos impactos do novo estádio para os empresários. Contudo, ele espera que os demais investimentos públicos, incluindo a melhoria viária e a chegada de duas universidades, altere o cotidiano de negócios da região. “É de se esperar melhoras, na medida em que o bairro avance em sua infraestrutura. E isso demanda um certo tempo”, observa o professor.

“Sobre o estádio, eu acho que a oportunidade é limitada. O que vai acontecer é que alguns prestadores de serviço vão ganhar um pouco mais nos dias de jogos”, destaca Nakagawa. “Nem no shopping em frente eu espero tanto impacto. Geralmente, shoppings que atuam nas proximidades dos estádios tendem a ficar vazios e com o estacionamento cheio em dias de jogos”, afirma Nakagawa.

“A gente não conta mesmo com o estádio”, explica a gerente de marketing do Shopping Metrô Itaquera, Sonia Lim. Administrado pela Ancar Ivanhoe, o empreendimento planeja quase dobrar seu número de lojas, hoje com 200 operações em funcionamento e com incremento de outras 160 até o final de 2014. Mas a expansão, diz a executiva, não depende do que acontece do lado de fora do centro de compras.

“Vamos crescer porque a demanda é grande. Essa região era muito carente de comércio. Antes da gente, o shopping mais próximo ficava a sete quilômetros, no Tatuapé”, destaca. Para a Copa do Mundo, Sonia Lim conta que vem negociando com empresas e algumas marcas a instalação de unidades no formato ‘pop up stores’, lojas temporárias para demandas sazonais. “Vai ser algo bem pontual”, conta.

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