
02 de agosto de 2011 | 11h11
O governo federal anunciou hoje a ampliação do programa administrado pelo BNDES e que confere financiamento, por meio de capital de giro, para micro, pequenas e médias empresas. O orçamento destinado ao BNDES Progeren passa de R$ 3,4 bilhões para R$ 10,4 bilhões. A medida faz parte do Plano Brasil Maior, divulgado hoje pela presidente Dilma Rousseff, e que tem o objetivo de estimular as empresas brasileiras.
De acordo com o anúncio, a linha de financiamento terá taxas de juros entre 10% e 13% ao ano, consideradas baixas para a modalidade. Além disso, o governo ampliou o prazo de financiamento desta linha de 24 meses para 36 meses. O prazo de vigência da linha de crédito, que terminaria em março de 2012, agora foi ampliado para dezembro de 2012.
Médias empresas do setor de autopeças, móveis e artefatos, antes proibidas de acessar essa linha, passam a ter direito de pleitear o crédito a ser oferecido pelo BNDES.
A linha de capital de giro é uma das mais importantes para as micro, pequenas e médias empresas pois destina-se para garantir as operações cotidianas dos empreendedores. Antes de tomar qualquer dinheiro emprestado, no entanto, o empreendedor deve sempre considerar necessidade real daquele financiamento. É prudente, ainda, o empresário avaliar se terá condições efetivas de arcar com o pagamento do compromisso assumido.
Outras medidas
O Plano Brasil Maior prevê ainda outra novidade importante para os pequenos e médios empreendedores brasileiros. De acordo com dados divulgados nesta terça-feira, o governo criou o Fundo de Financiamento à Exportação de MPME (Micro Pequenas e Médias Empresas).
O fundo, criado pelo Banco do Brasil, terá o objetivo de atender empresas com faturamento de até R$ 60 milhões. O governo federal será o principal cotista do fundo, no entanto, outras instituições financeiras poderão fazer parte do programa.
As medidas anunciadas hoje ainda garantem mais recursos para a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Ao todo, segundo estimativas do governo, serão R$ 2 bilhões a serem aplicados na ampliação da carteira de inovação da entidade ainda em 2011. A taxa de acesso a esse dinheiro vai oscilar entre 4% e 5% ao ano.
LEIA TAMBÉM:
Veja a íntegra do Plano Brasil Maior
Momento da economia sugere cautela
Bradesco coloca mais dinheiro para pequenos
Dilma sanciona lei que protege patrimônio de empresário
Sebrae destinará R$ 780 milhões para inovação
HSBC terá R$ 1,5 bilhão para pequenos e médios
Pequenos e médios procuram mais crédito
Sebrae assina acordo para fortalecer MPEs
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.