Publicidade

Governo americano apoia jovens empresários do País

Líderes e fundadores de negócios em diferentes áreas participarão da Iniciativa Jovens Líderes das Américas (YLAI)

PUBLICIDADE

Por Letícia Ginak
Atualização:
Jovens empreendedores selecionados para o YLAI 2018. Foto: Antonio Serralvo/Missão Diplomática dos EUA no Brasil Foto: Antonio Serralvo/Missão Diplomática dos EUA no Brasil

Conhecer novas práticas de gestão de negócios, presenciar iniciativas de inovação e fazer networking com empresas de renome dos Estados Unidos são algumas das oportunidades proporcionadas pelo Programa de Bolsas de Estudos Profissionais da Iniciativa Jovens Líderes das Américas (YLAI), idealizado pelo governo norte-americano há três anos. O intercâmbio é dedicado a jovens empreendedores da América Latina e Caribe com idade entre 25 e 35 anos e que tenham, pelo menos, dois anos de operação a frente de suas empresas. 

PUBLICIDADE

No Brasil, o programa recebeu 2.400 inscrições. Dessas, foram selecionados 20 jovens empresários, que comandam negócios em áreas como agronegócio, turismo, soluções financeiras, tecnologia e educação.  “As empresas têm de ter foco social e em soluções de problemas pontuais da comunidade. Também devem promover o desenvolvimento de oportunidades econômicas para esta área”, afirma a adida cultural da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Joelle Uzarski.

O programa não fica apenas na teoria. Números expressivos endossam a efetividade do intercâmbio para o fortalecimento dos negócios selecionados. De acordo com Joelle, 57% dos participantes de edições anteriores relataram aumento de rentabilidade, 48% contrataram funcionários, 78% expandiram mercado dentro do País, 51% expandiram mercado para os EUA e 79% estabeleceram joint ventures e parcerias que impulsionaram as empresas. 

Expectativa. Da terceira geração de produtores rurais da família, Gustavo Alves assumiu parte dos negócios em 2012 e se deparou com a tarefa de pedir crédito. Atestando a dificuldade do pequeno produtor para conseguir financiamento, Alves criou a fintech Nagro no início de 2017, um marketplace de crédito voltado ao pequeno produtor rural.  “Ele se cadastra na plataforma e então traçamos o perfil dele para cruzarmos com o de fontes de crédito (também cadastradas) possíveis dentro da realidade e dos resultados que ele apresenta. O acompanhamos até a liberação do crédito”, diz Alves. 

Sobre a participação no YLAI, Alves não duvida das conexões que virão. “Vou acompanhar a rotina de uma consultoria de agronegócios, a AgResource. Quero observá-los para melhorar a nossa política de crédito e também para entender mais sobre o cenário mundial do agronegócio.” 

Incubada no Porto Digital, polo de tecnologia do Recife (PE), a empresa de tecnologia Mete a Colher também é uma das 20 selecionadas para o YLAI. Com 9 mil usuárias ativas, a startup criou um aplicativo que é uma rede de suporte à mulheres vítimas de violência doméstica. 

“A plataforma conta com três funções, que chamamos de pedidos de ajuda: um canal para mulheres conversarem e contarem seus casos, estabelecendo diálogo e apoio entre elas, ajuda jurídica para esclarecer dúvidas sobre a Lei Maria da Penha, e ajuda com inserção no mercado de trabalho, com divulgação de vagas de emprego para romper a dependência financeira, grande problema na vida delas”, conta a CEO, Renata Albertim. 

Publicidade

“Dentro do grupo de selecionados brasileiros já consegui identificar empresas que podem trabalhar em conjunto comigo na versão 2.0 do aplicativo, que pretendo lançar em 2019. E como estou na posição de CEO, entendo que essa é uma chance para conhecer novas pessoas, formas de pensar uma empresa e também sobre gestão dos funcionários”, acredita Renata.  Para saber mais informações sobre o processo seletivo do YLAI e inscrições para próximas edições, acesse o site https://ylai.state.gov/website. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.