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Gôndolas do Oriente Médio são destino de marcas brasileiras de cosméticos

Empresas do ramo estão exportando produtos para a pele e cabelo para o mercado árabe

Por Renato Oselame
Atualização:

Um dos mercados que mais cresceram no Brasil nos últimos anos, os fabricantes de cosméticos aproveitam o momento positivo para avançar também para o exterior. Nesse sentido, o Oriente Médio é um destino que, tradicionalmente, mostra-se sensível aos apelos e atributos das marcas nacionais.

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Um exemplo de negócio que fatura com esse comércio é a Brazilian Secrets Hair (BSH), marca que hoje tem nas prateleiras árabes seu principal filão. Sete anos após a internacionalização, os produtos capilares da marca já são vendidos em 17 países e geram receita anual da ordem de R$ 3 milhões. Para este ano, a expectativa é que a empresa cresça até 50%. O comércio exterior se provou tão favorável que Andrea Vieira, dona do negócio, decidiu abandonar o mercado interno há três anos.

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De olho nas oportunidades que vêm de fora, a empresária roda o mundo em feiras como a Beautyworld Middle East, que teve sua última edição realizada em maio em Dubai. Só nesse evento, por sinal, as empresas brasileiras fecharam negócios que somaram US$ 11,8 milhões, segundo dados levantados pela associação do setor, a Abihpec.

Especializada em produtos para tratamento capilar e para pele, a gaúcha De Sírius já faturou R$ 1,6 milhão em exportações em 2014. Em média, as vendas externas representam 22% do faturamento anual da marca. Segundo o fundador Flávio Rosa, o Brasil já se tornou referência mundial no segmento. “Estamos muito bem cotados em qualidade e quase tudo o que eles (árabes) compram é importado”, diz.

O intercâmbio comercial não beneficiou só as receitas das empresas. A empresária Andrea Vieira conta que, com a proximidade dos compradores internacionais, conseguiu contatos para investir na área de inovação de seu negócio. “Estamos buscando parcerias com governos de outros países para desenvolver nossos produtos”, diz.

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A associação de empresas do segmento, a Abihpec, tem estimulado o comércio exterior com o projeto Beutycare Brazil, por meio do qual já intermediou mais de US$ 780 milhões em vendas nos últimos 5 anos. Para o presidente da instituição, João Carlos Basílio, as exportações são opção para quem quer compensar a competitividade do mercado interno. "Pequenas e médias empresas veem no comércio exterior a possibilidade de expandir seus negócios", diz.

O presidente da Abihpec sublinha que o projeto, que conta com apoio do governo federal, tem sido um instrumento importante para balancear as recentes quedas nas exportações devido ao câmbio. "Já estamos sentindo certa estabilidade e vamos começar a reverter esse processo provavelmente em 2015."

 
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