
07 de janeiro de 2012 | 08h02
Toda segunda-feira é sagrada para os empresários Sérgio Nohra Júnior, 41 anos, e Antônio Carlos Rodrigues, de 55. É no início da semana, quando a agenda tem menos compromissos, que eles reúnem-se com amigos, funcionários e outros empreendedores para praticar o hobby a que se dedicam com a seriedade de um profissional: jogar futebol.
Rodrigues, que há 30 anos comanda a Rizzo, empresa de embalagens e acessórios para floricultura, até montou e patrocinou um time formado por ele com os funcionários para disputar campeonatos. Hoje, porém, o empreendedor prefere tratar o esporte ‘apenas’ como uma brincadeira que é levada muito a sério.
“Eu não deixo de ir jamais. Jogando eu esqueço tudo, me relaciono com pessoas fora da minha rotina e consigo tirar o foco do trabalho”, conta.
::: Siga o Estadão PME nas redes sociais :::
:: Twitter ::
:: Facebook ::
:: Google + ::
As peladas ainda estimularam a integração com a equipe, que fora da empresa fica mais à vontade e têm mais tempo para se relacionar com a chefia.
Sérgio Júnior comanda a Acreditar Negócios, especializada em crédito imobiliário, e também incluiu seus funcionários nas partidas que joga semanalmente com outros empresários. Ele diz que esse contato estreitou laços e transformou as relações na empresa mais humanas. “Dentro do trabalho as pessoas competem e o futebol faz com que elas se vejam como iguais”, afirma Júnior.
A relação do empresário com o esporte começou aos 4 anos. Ele já foi atleta profissional de natação, polo, judô e jiu-jítsu. Hoje, além do futebol, Júnior corre e pratica hipismo. Mas o empreendedor lamenta mesmo não ter aptidão para o futebol, sua maior paixão.
“Sou muito alto e não consegui alcançar a velocidade necessária para jogar profissionalmente”, analisa. A reunião com os amigos serve para o empresário realizar um pouco desse sonho. É por isso que toda semana Júnior faz questão de vestir a camisa do Flamengo, time pelo qual se declara torcedor fanático. “No dia seguinte à partida eu percebo melhoria total. Tenho outra energia e me sinto mais inteligente, capaz de tomar decisões mais ponderadas.”
Bom para a mente, jogar futebol pode ser muito perigoso para os músculos e o coração se as partidas forem realizadas apenas uma vez na semana e sem associação com outras atividades físicas. Entre as sequelas estão lesões e, nos casos mais graves, há risco até de parada cardíaca.
“Tudo que é extremo pode trazer problemas. Se o corpo da pessoa não é acostumado a fazer esforço, o risco de lesão aumenta muito”, afirma Saturno de Souza, diretor técnico da rede de academias Bio Ritmo.
Segundo o especialista, pessoas com mais de 35 anos que são sedentárias devem tomar cuidado maior. “A primeira coisa é ter consciência dessa realidade e evitar jogar em posições onde seja necessário correr muito”, diz. Saturno recomenda, ainda, que as partidas sejam associadas a uma rotina de condicionamento físico na academia – pelo menos duas vezes na semana – ou a caminhadas de 30 minutos três vezes por semana.
:::LEIA TAMBÉM:::
:: Não deixe a empresa roubar o seu sono ::
:: Praticar um hobby ajuda a descansar a mente e auxilia nos negócios ::
::Corrida noturna para aliviar o estresse::
:: Exercícios ajudam a melhorar desempenho profissional::
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.