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Franquias mais baratas puxam crescimento do setor

Negócios que exigem investimento médio inicial de R$ 25 mil lideraram a preferência entre os franqueados

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Por Vivian Codogno
Atualização:

O mercado de franquias mostrou-se promissor para empreender em 2014. A Associação Brasileira de Franchising (ABF) estima um crescimento do faturamento, para o setor, de 7% em relação a 2013. Apenas no terceiro trimestre do ano, a expansão girou em torno de 9,3%, se comparada com o mesmo período do ano anterior.

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Esse desempenho é puxado, principalmente, pelas franquias de pequeno porte, aquelas que implicam em um investimento médio inicial de R$ 25 mil e que hoje somam 5% de todas as franquias do País. O aumento nesse tipo de investimento pode ser explicado, entre outros fatores, pela queda no valor dos aluguéis direcionados para o comércio e pela insegurança dos empreendedores em aplicar valores mais altos.

O processo que envolve a aquisição de uma franquia foi a principal razão pela qual o resultado ruim da economia, de modo geral, não afetou o segmento. “Antes de vender uma franquia, existe um estudo de viabilidade econômica por parte do franqueador, o que deixa o investimento mais seguro”, explica o diretor-executivo da ABF, Ricardo Camargo. Para 2015, a projeção da associação é de que o faturamento desse mercado cresça até 10%.

Os shoppings também tornaram-se plataformas para a expansão. A cada novo centro de compras inaugurado, cerca de 40% das lojas são abertas pelo sistema de franquias.

O empresário Adolfo Chinarro Martin decidiu recentemente adquirir uma franquia, uma loja de roupas infantis. Instalado em um shopping de Santo André, na Grande São Paulo, o empreendedor está satisfeito com os rendimentos de 2014 e pensa em abrir uma nova loja da mesma franquia em 2015.

“O segundo semestre do ano tem uma tendência de crescimento muito forte e pelo feedback dos meus clientes me sinto satisfeito com o faturamento. Meu franqueador teve um crescimento de 15% até agora e esses índices me deixam confortável para investir em mais uma loja”, diz Martin. “Confesso que não estou otimista em relação à economia, mas me sinto muito confortável para investir no meu segmento.”

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Por mais que o momento pareça promissor, porém, há especialistas que o enxergam com cautela. O diretor-presidente da consultoria Global Franchising, Paulo Cesar Mauro, reconhece a segurança do investimento, mas pondera que as franquias também estão sentindo o efeito dos baixos índices de crescimento.

“O setor vinha com números excepcionais nos anos anteriores, na casa de 15%. Essa queda indica que o mercado está sentido, sim, uma queda na confiança de quem deseja empreender”, explica. “A franquia está encaixada no panorama econômico, por isso é preciso olhar o investimento com cuidado.”

Apostas. Para quem está preocupado com o rumo da economia, mas realmente está interessado em adquirir uma franquia, os especialistas apontam o setor de serviços como cheio de boas oportunidades.

“Alguns mercados ganharão força, como os de bem-estar, saúde e alimentação saudável”, diz a consultora em franchising Claudia Bittencourt, do Grupo Bittencourt. Outro setor que poderá ser alavancado no ano que vem, segundo ela, envolve os negócios que oferecem produtos premium para as classes mais altas. 

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