10 de maio de 2012 | 08h20
Após assumir uma loja problemática da rede franquias Mega Matte, Constance Acosta surpreendeu os diretores da rede com os resultados da sua gestão. A unidade, inicialmente comandada pela própria franqueadora, fica dentro de uma galeria pouco movimentada no centro do Rio de Janeiro e apresentava faturamento abaixo da média – a receita mensal de cada unidade é estimada em R$ 70 mil.
Desde que Constance assumiu a loja, há dois anos e meio, não apenas conseguiu atingir a meta como a superou em 10%. A reforma da unidade e da própria galeria são alguns dos motivos que a ajudaram a alcançar esse resultado, mas segundo pesquisa da Rizzo Franchise, é possível que um outro fator também tenha tido influência na melhora da lucratividade: o fato de a loja ser comandada por uma mulher.
::: Siga o Estadão PME nas redes sociais :::
Segundo o estudo ‘Perfil do Franqueado Brasileiro’, realizado no ano passado pela consultoria com cerca de 150 franqueadores, as franquias comandadas por mulheres faturam 34% a mais do que aquelas cujos proprietários são homens. A rentabilidade delas também é 26% maior do que a dos homens. De acordo com a pesquisa da Rizzo Franchise, há 65 mil mulheres operando franquias hoje no País e quase 71 mil homens.
Constance não sabe exatamente o que a ajudou a conseguir melhores resultados, mas tem alguns palpites: “Acredito que as mulheres são mais atentas aos detalhes do negócio, se preocupam mais com a limpeza da loja e são melhores ouvintes do que os homens, o que faz diferença não só com os clientes, mas também com os funcionários.” Para os dirigentes da rede Mega Matte, há ainda um outro mérito na empreendedora: estar presente na loja todos os dias.
Gestão. Uma outra pesquisa feita pela consultoria americana Zenger Folkman reforça a ideia de que as mulheres são boas gestoras. Segundo o levantamento, de 16 competências consideradas cruciais para liderar, as mulheres costumam se sobressair em 12. Entre elas, estão qualidades como capacidade de construir relacionamentos e resolver problemas, facilidade de comunicação e motivação.
Para a fundadora da rede de franquias Pello Menos, Regina Jordão, as mulheres se identificam mais com seu negócio – 70% das lojas são chefiadas por mulheres – e isso faz com que elas tenham mais facilidade para perceber os pontos a serem melhorados.
Já as sócias da franquia Depillah, Gracielle Netto e Raphaella Praça, dizem que a sensibilidade feminina faz toda a diferença na condução do negócio. “Prestamos atenção a cada detalhe, desde o uniforme até o cheio da loja e qualidade dos produtos. Tudo tem que estar sempre perfeito”, diz Gracielle.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.