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Forças armadas vizinhas giram as exportações locais

Demanda gerada pelos países sul-americanos ajuda os fabricantes nacionais a ganharem escala de produção

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Por Renato Jakitas
Atualização:

Não é fácil, mas se o ritmo das demandas em curso no mercado interno emperra o crescimento das pequenas e médias, existem oportunidades para quem mira suas opções para além das fronteiras nacionais.

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A concorrência nesse campo, claro, é alta. E segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Defesa, a maior parte das exportações hoje é composta de equipamentos militares leves, como revólveres, metralhadoras pequenas e carabinas, que são produzidas pela CBC, Taurus e Imbel, que há tempos venceu licitação para fornecer pistolas para o FBI.

Mas uma pequena empresa de São Paulo indica que o caminho pode ser lucrativo, principalmente se o foco estiver em mercados vizinhos e politicamente alinhados ao Brasil. “Nós hoje temos mais negócios com forças vizinhas do que com a brasileira”, afirma o economista Lucas Oliva Vicente, sócio da Atrasorb.

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A empresa era uma divisão de um negócio fundado há 53 anos no Brasil e, há onze, atua de forma independente comercializando tecnologia para absorção de gás carbônico. Trata-se de uma pastilha utilizada no sistema de ventilação em ambientes confinados, como no interior de submarinos e em tubos de oxigênio usados por mergulhadores. Entre os principais clientes de Vicente está a Marinha, tanto a brasileira quanto – e principalmente – a chilena, a argentina e também a colombiana.

“A Marinha brasileira é uma cliente importante de nossa empresa. Mas nós encontramos uma solidez maior abrindo espaço para outros mercados. Não nos Estados Unidos, que observam o produto como estratégico. Mas hoje o Chile e a Colômbia são mais importantes que o Brasil para nossos negócios”, diz ele, que também atua na área hospitalar. “O mercado de defesa é bem delicado. As compras não são regulares, você não tem uma programação. Mas atuação na defesa é sem dúvida um atestado de qualidade que costumamos oferecer aos nossos clientes.” 

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