Após retroceder a patamares equivalentes à crise financeira global de 2009, o faturamento das micro e pequenas empresas paulistas registrou em novembro do ano passado a menor desaceleração dos últimos doze meses. Conforme aponta o levantamento mensal do Sebrae-SP, a receita real das MPEs, já descontada a inflação, apresentou redução de 2,9% em relação a novembro de 2015. No período, o pequeno empresário deixou de arrecadar R$ 1,4 bilhão.
No total, os pequenos empresários faturaram R$ 50,8 bilhões no período e no acumulado do ano, a diminuição no faturamento real das MPEs é de 11,3%.
Quando avaliado por regiões, o cenário é ainda mais negativo para empresas localizadas no Grande ABC. A diminuição de 17,8% no faturamento mensal é reflexo, ainda, dos reflexos da retração para a indústria automotiva, presente em massa na região. A capital registrou queda de 3,4% na receita das MPEs, enquanto municípios da região metropolitana de São Paulo tiveram retração de 1,2%. Nas cidades do interior, a queda foi de 4,6%.
Menos penalizados pela crise, os microempreendedores individuais (MEIs) sofreram nova queda em novembro: -6,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. É a 16ª queda consecutiva. No acumulado do ano de 2016 até novembro, a categoria registrou queda de receita real de 14,8% sobre o mesmo período de 2015. A receita total do setor no mês foi de R$ 3,8 bilhões – diminuição de R$ 247,3 milhões em relação a novembro de 2015.