O faturamento das micro e pequenas empresas paulistas registrou queda pela quinta vez consecutiva. Em maio, o recuo foi de 10,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo a pesquisa Indicadores do Sebrae-SP.
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De acordo com a pesquisa, fatores como o aumento do desemprego, o aumento da inflação e a decorrente piora na confiança impactaram nas receitas dos micro e pequenos negócios. Em maio, a receita foi de R$ 45,6 bilhões, o que significa R$ 5,2 bilhões a menos do que em maio do ano passado.
O indicador ainda mostra que a indústria registrou queda de 17,4%. Já o setor de serviços apresentou recuo de 13,6% e o comércio, queda de 4,5%. Na avaliação dos analistas do Sebrae-SP, há mais gente sem emprego e os preços não param de subir, corroendo o poder de compra. "Com menos para gastar – ou medo de gastar porque o que vem pela frente é incerto – o consumidor se retrai e toda a cadeia é afetada. Tudo isso ajuda a explicar a queda observada no consumo", explicam os analistas, em nota. Ocupação. A pesquisa mostra que as micro e pequenas empresas apresentaram uma leve alta de 1,2% no total de pessoas empregadas no acumulado de janeiro a maio em comparação ao mesmo período o ano passado. No entanto, no mesmo período, a folha de salários paga pelas empresas caiu 1,4% (já descontada a inflação) e o rendimento real dos funcionários caiu 1,5%.
Expectativas. A maioria dos empresários (60%) espera uma estabilidade no faturamento para o segundo semestre. Já em relação à economia brasileira, 45% esperam uma manutenção no nível de atividade e 38% acreditam em piora. Em junho do ano passado, esse porcentual estava em 22%.