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Fabricação própria de panetone vira arma de competição entre os pequenos

Ao contrário de revender marcas famosas, pequeno negócio deve investir na fabricação de pão natalino

Por Roberta Cardoso
Atualização:

O pequeno negócio que deseja competir com grandes empresas deve investir na fabricação própria de seus panetones e não revender marcas famosas. Segundo Alexandre Pereira, presidente da Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria (Abip), essa estratégia só traz ganhos.

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“As pessoas deixam para comprar itens de mercearia em supermercados. Por isso, apresentar o maior número de produtos de fabricação própria é sempre mais positivo e rentável do que encher as prateleiras com outras marcas.”

O setor também apresenta chances para pequenos fabricantes do pão de origem italiana. A Di Cunto, uma das mais antigas fábricas do País, comprova isso há 77 anos. “Atendemos um nicho de clientes com o nosso produto, que é vendido durante o ano inteiro. É uma clientela menor, mas muito fiel e forte”, explica Marcos Di Cunto Júnior, gerente de marketing da empresa.

A fabricação em escala mais enxuta, porém, implica no aumento do custo para o consumidor. Mas se o panetone tiver qualidade, o cliente vai pagar mais.

“O consumo de panetone conta com uma peculiaridade: a autoindulgência que afeta as pessoas no fim de ano. Mesmo custando mais caro e sem a funcionalidade de um iogurte, os consumidores se permitem comprar um produto mais caro como recompensa”, analisa Ramon Cassel, do Instituto Nielsen.

Mas para Marcos Di Cunto, assegurar que o pão tenha qualidade superior é mesmo fundamental. “O nosso cliente sabe o que vai encontrar e quanto vai pagar por isso. Além de preservar a receita, temos também que manter o padrão”, diz o empresário.

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A marca paulistana Village já figura entre as grandes fabricantes nacionais do pão natalino. Mas o negócio surgiu como um braço de apoio da panificadora Cepam, fundada em 1968, na Vila Prudente. Na época, a pequena padaria pretendia abastecer apenas as empresas que rodeavam o entorno do bairro.

O empreendimento deslanchou e passou para a produção industrial em 1972. “A marca conquistou clientes corporativos e não parou mais. A entrada em redes de varejo aconteceu depois”, conta Reinaldo Bertagnon, executivo comercial das marcas.

Atualmente, a Village conta que possui mais de mil funcionários em períodos sazonais e também diversificou sua atuação com a produção de chocolates e também biscoitos.

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