
26 de setembro de 2012 | 06h22
Para além dos serviços, outro movimento que começa a chamar a atenção dentro do segmento pet é a exportação de produtos industrializados, principalmente rações e mastigáveis (como petiscos e ossos). É o que indica José Edson Galvão de França, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).
Segundo França, as estimativas para 2012 são de que as vendas internacionais cresçam 15% em comparação com o ano anterior. “O mercado pet brasileiro está muito bem posicionado internacionalmente, tanto que em 2011 as exportações de produtos destinados a animais de estimação somaram US$ 162,7 milhões (cerca de R$ 330,12 milhões). As projeções para este ano indicam que o mercado externo comprará US$ 187,5 milhões (cerca de R$ 380,44 milhões), o maior valor desde 1998, quando este dado começou na ser aferido”, afirma.
::: Siga o Estadão PME nas redes sociais :::
:: Twitter ::
:: Facebook ::
:: Google + ::
Os principais mercados para os produtos brasileiros, destaca o presidente da Abinpet, são, pela ordem, a Russia e vizinhos da América Latina, principalmente países como Chile e Peru. “São 33 empresas brasileiras com atuação internacionalmente hoje em dia. A Rússia, por ser um mercado em crescimento e já acostumado com a carne brasileira, tem muito espaço. Mas aconselhamos aos fabricantes de menor porte iniciarem sua atuação internacional pela América do Sul, que também é muito importante para nossos produtos”, diz.
::: Leia também :::
Serviços ganham espaço no mercado pet
Aposta em nicho é saída no segmento
Mão de obra. Assim como outros especialistas, José França também destaca a formação de mão de obra como um ponto que, no momento, exige a atenção dos envolvidos com o mercado de animais de estimação. Impulsionado principalmente por atividades relacionadas com serviços, o segmento sofre com a carência de funcionários qualificados.
“O mercado emprega aproximadamente 232 mil pessoas diretamente e 65,6% são profissionais de banho e de tosa. Mas o setor cresce também com novas profissões, como dog walker, pet sisters, hoteizinhos, todos negócios que evoluem numa velocidade maior o que o segmento de alimentação”, destaca o professor, que também aposta no serviço com um dos caminhos para o futuro do mercado.
“O serviço hoje em dia puxa o crescimento do setor. Representa R$ 2,18 bilhões de nosso faturamento e cresce na casa dos dois dígitos ao ano. É um ritmo que, a gente oberva, deve se manter para os próximos anos”, afirma.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.