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"Eu sempre sonhei alto", diz o fundador da rede TNG

Tito Bessa Jr. trabalhava com o pai em uma loja de assistência técnica, mas já pensava em iniciar uma grande rede de varejo

Por Gisele Tamamar
Atualização:

Tem quem, na hora de abrir um comércio, opte por aquilo que mais gosta, o tipo de produto que mais se encaixa às suas afinidades. Tito Bessa Jr. não é assim. Ao 13 anos de idade, quando ainda dava expediente na assistência técnica do pai, ele já tinha planejado o futuro: seria dono de uma rede de lojas. E pouco lhe importava o tipo de mercadoria vendida, bastaria que o empreendimento vingasse e se tornasse realmente grande.

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Hoje, ele pode se vangloriar de ter alcançando o objetivo. Tito é dono da rede TNG, com 178 lojas próprias e com produtos distribuídos em 800 pontos de venda no Brasil. O empresário costuma brincar que a TNG começou com uma briga. Isso porque ele tinha acabado de montar uma assistência técnica dentro do antigo Shopping Matarazzo, onde hoje fica o Shopping Bourbon, quando a administradora iniciou a expansão do espaço e ergueu uma parede em frente a loja.

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“Todo mundo que saía do estacionamento não me via mais. Fui me informar sobre a parede e começou aquela briga: muda, não muda. Como tinha sobrado uma loja para vender na expansão, a condição era eu comprar a loja e me mudariam de lugar.”

O investimento em uma nova loja de bolsas, inspirada no negócio da mãe, surpreendeu. No primeiro fim de semana, as vendas superaram o faturamento de um mês da assistência técnica e Tito se animou com a moda. Depois de um ano, pela facilidade de operação, o negócio de bolsas passou a vender roupas e ele começou a criar uma marca de moda nacional.

Inicialmente, a TNG surgiu focada no cliente masculino com a proposta de mudar a ideia de que o guarda-roupa do homem precisava ser sóbrio para ser elegante. As peças femininas começaram a ser vendidas depois de 15 anos, quando a empresa detectou a presença das mulheres nas lojas para comprar roupas para maridos, filhos e namorados. Recentemente, a marca lançou uma linha infantil.

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A trajetória de crescimento da rede foi um dos assuntos abordados pelo empresário durante o Encontro PME. Confira os principais trechos.

DesafioJá com a rede estruturada, Tito percebeu que precisava reinventar o negócio para vender um produto com valor agregado e ganhar relevância. “No início, meu foco não era construir uma marca de moda e, sim, ter várias lojas vendendo produtos de moda. Depois percebi que se eu continuasse naquela velocidade não teria um diferencial.”

Outro passo importante foi participar das semanas de moda no País. Em julho de 2002, a TNG fez sua estreia no Fashion Rio. “Enfrentei muita crítica. E muitas críticas que recebi no passado vejo as pessoas utilizando como estratégia hoje, como a participação de celebridades na passarela e a opção de fazer moda para que o consumidor olhasse o desfile e pudesse ir na loja e comprar”, lembrou.

ImportaçãoDo portfólio da TNG, entre 30% e 40% das peças são importadas. Para o empresário, essa é uma questão de sobrevivência. “Quando você tem escala é impossível não ter parte das peças importadas. Não temos parque industrial que suporte a demanda. Para atender as classes B e C, não existe como operar uma grande empresa sem ter um braço forte de importação.”

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GestãoO fundador da TNG destaca que a cabeça do empreendedor precisa estar voltada para o negócio. “Eu brinco que pode até controlar o negócio com anotações em papel de pão de padaria, mas se você não estiver com a cabeça focada para o crescimento do negócio e entender que o que entra no caixa não é só seu, não adianta.”

FocoMesmo sem tradição na família ou experiência no setor de moda, Tito aprendeu na prática como empreender na área. “Eu aprendi a ser do ramo. É preciso viver o negócio intensamente. Não existe essa de funcionar das 10h às 18h”, pontuou o empresário que diz trabalhar de 12 horas a 14 horas, feliz. “Tenho que ter essa disposição de acordar e estar feliz para enfrentar seja o que for pela frente. A TNG pra mim é o ar que eu respiro”, diz. E férias? Tito conta que o descanso faz parte, mas suas férias são todas para lugares onde consegue trabalhar ‘um pouco’. “Gosto de um lugar onde tem varejo para conhecer e trazer alguma coisa nova.” 

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