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Estratégias para inovar na crise dão o tom de debates do Encontro PME

Evento aconteceu na manhã desta sexta-feira no Museu de Arte Moderna de São Paulo

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Por Redação
Atualização:

O Estadão PME reúne nesta sexta-feira especialistas e empresários à frente de grandes empresas para discutir inovação e empreendedorismo. No primeiro módulo do evento, estratégias para atrair e captar iniciativas inovadoras em corporações foi o principal foco da discussão. 

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"Em momento de crise é onde surge oportunidade. Na crise dos EUA, surgiu o Uber o Airbnb. Tenho startup acelerada que levanta 20 milhões de reais agora. Startup ue compra celular usado quebrado,  arruma e vende", analisa Renato Valente, country manager da Telefónica Open Future no Brasil e diretor da Wayra Brasil.

Participaram da discussão, além de Valente, Fabiano Takahashi - Diretor de Personal Systems da HP Inc. Brasil, e Marcelo Frontini -  Diretor de Pesquisa e Inovação Tecnológica do Bradesco.

No segundo módulo, a cultura da inovação como facilitadora do crescimento foi o centro do debate entre Marcelo L. Tambascia, Corporate Lab. Head na 3M do Brasil, Newton Campos, professor de Empreendedorismo e Inovação da FGV/EAESP e IE Business School e Tonico Novaes, diretor-geral da Campus Party Brasil.

Os especialistas defenderam a inserção do empreendedorismo na educação básica. "O modelo de startup é muito rápido. Eu peço pra uma startup uma demanda e no mesmo dia já está em minha mesa. Concordo que já está na hora de ensinar isso na escola, desenvolver modelos de inovação dentro de feiras de ciências", analisa Tambascia.

Recursos humanos. O terceiro painel de discussões teve como temática principal a captação de colaboradores dispostos para fomentar a inovação em grandes empresas. "Tem pessoas que são mais inovadoras do que as outras. Deixamos as pessoas abertas, mas como somos muito críticos, temos que fazer testes minuciosos para saber se isso dá certo. Se você faz uma mudança muito fgrande que pode não dar assertividade, isso gera um prejuízo gigante", analisa o presidente da ClearSale, Pedro Chiamulera. Ele dividiu o debate com o presidente da rede Petz, Sergio Zimerman.

"A gente avançou em muitos diferenciais, mas não olhamos para o básico. Queríamos fazer diferente do concorrente, mas ele fazia muito bem o básico. Estamos corrigindo isso. Não tente fazer diferente só por fazer", relembra Zimerman sobre um erro que afirma ter cometido ao tentar inovar.

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Cidades. Para encerrar, Juliano Seabra, diretor-geral da Endeavor no Brasil, e Marcelo Nakagawa, diretor de Empreendedorismo da FIAP e Professor do Insper, pontuaram os aspectos que tornam uma cidade um polo empreendedor.

Juliano Seabra abordou o índice de cidades empreendedoras da Endeavor. O levantamento está em sua segunda edição e avaliou Florianópolis e São Paulo como as cidades mais promissoras do País. "O fato de ser primeiro e segundo no Brasil não significa que estamos na Suíça. Os porquês de São Paulo têm muito mais a ver com o gigantismo da cidade, a circulação de capital e onde conseguir dinheiro. Florianópolis tem gente boa mais barata, formada em escola de ponta", comenta Seabra.

Nakagawa observou que, em cidades com ecossistema ligado à inovação, o empreendedorismo social tende a ser crescente. "Os jovens querem empreender com propósito. Temos uma geração que quer ter impacto de alguma forma. Tem também uma geração de pessoas entre 30 e 50 anos que estão se perguntando 'por que eu levantei da cama hoje?'. Nesse ambiente, temos um ecossistema de negócios de impacto, que vem crescendo no Brasil. E essas iniciativas precisam, obrigatoriamente, ser inovadoras", analisa.

O Encontro Estadão PME Inovação aconteceu na manhã desta sexta-feira, 29, no audiório do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Confira os principais momentos do debate aqui.

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