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Estoque e relação com os clientes são os desafios para empreender com moda

O e-commerce de moda apresenta uma série de oportunidades, mas não é tão simples conquistar espaço no segmento

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Por Redação
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Alguns anos atrás, vender roupas pela internet era um desafio para o empresário, que precisava, inclusive, convencer a todos de que tratava-se de um negócio viável. Agora, as barreiras são outras no mercado de moda e o comércio eletrônico precisa focar em soluções para melhorar a gestão do estoque e estar mais próximo do cliente.::: Siga o Estadão PME nas redes sociais ::::: Twitter :::: Facebook :::: Google + ::

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Manter apurada a relação com o consumidor pode até ser fácil. Mariana Penazzo, proprietária da empresa de aluguel de vestidos Dress & Go ao lado de Barbara Diniz, falou sobre a importância do negócio estar conectado com as consumidoras por meio das redes sociais, como o Instagram.

Mas se é relativamente tranquilo para o empreendedor conversar com o consumidor, o mesmo não se pode dizer do estoque, talvez o principal desafio a ser superado por quem trabalha com comércio virtual. De moda ou não. Uma das sócias da empresa OQVestir, Mariana Medeiros, deu uma ideia precisa do tamanho do problema ao revelar um caso pelo qual o negócio passou. O empreendimento, que nasceu em 2008, optou no início por manter o estoque sob os cuidados de uma empresa terceirizada. 

“Nossa primeira dificuldade foi explicar para quem estava acostumado a estocar ração e produtos químicos sobre como estocar roupas.” Depois de seis meses visitando diariamente o galpão, as sócias decidiram mudar. “Internalizamos esse serviço. Hoje temos nosso próprio centro de distribuição. Foi um dos grandes investimentos quando a gente levantou capital, exatamente para alugar um galpão, contratar funcionários e colocar maquinário necessário. Não tinha empresa no mercado que desse conta de fazer da forma como nós queríamos”, relembrou.

O professor de Negócios da Moda do Senac, Luis Taniguchi, reforçou a importância de cuidar muito bem do estoque. “Tem que ser controlado porque, se não, você perde dinheiro”, afirmou. 

O professor ressaltou também que é possível inovar e aproveitar o momento tanto com o comércio eletrônico quanto com outros canais de venda, incluindo o offline. Taniguchi citou, por exemplo, os fashion trucks – empresas que vendem roupas em veículos – e até vending machines especializadas. “Tem ainda o shopping wall, espécie de prateleira virtual em que o consumidor faz a compra por meio da tecnologia QR Code”, apontou.

Inovação foi justamente a aposta da Dress & Go e de Samantha Fasolari, que criou o site Noiva nas Nuvens, especializado em vender vestido de noiva. Os dois negócios acreditam tanto na maturidade do e-commerce para o segmento de moda que decidiram investir em categorias de produtos até então impensáveis para o segmento. 

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Samantha, por exemplo, investiu R$ 400 mil em uma loja virtual que comercializa apenas vestidos para noivas. Segundo ela, que começou a empresa faz pouco mais de 30 dias, embora tenha gastado cerca de um ano estudando o mercado, o poder de convencimento da cliente passa por fazê-la perceber a qualidade do vestido. E o preço, claro. [ ]“Oferecemos produtos com excelente qualidade e preços 20% menores do que o das lojas físicas”, defendeu a empreendedora durante o evento. O plano de Samantha prevê ainda a expansão do negócio por meio de peças assinadas por estilistas conhecidos. “Vamos diversificar o business daqui a três ou quatro anos.” Seja lá qual for o desafio, a aposta do e-commerce de moda deve ser na conveniência do consumidor, segundo Mariana Medeiros. 

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