PUBLICIDADE

Publicidade

Especialistas apostam em aulas para explicar a produção dos bolos especiais

Vera Madeira e a filha Camila comandam o ateliê L’art in Dolce

Por Gisele Tamamar
Atualização:

Na época em que o bolo era feito em camadas, ou andares como o mercado costumava chamá-los, Vera Madeira resolveu seguir o caminho oposto e se encantou com os esculpidos. Sem material para aprender mais sobre o assunto no Brasil, o jeito foi buscar vídeos na internet e tentar reproduzir o doce por aqui. Mas as dificuldades não pararam na busca pelo conhecimento. Enquanto no exterior o bolo é mais seco e tem poucas camadas, o brasileiro gosta do doce bem recheado, com muitos andares e úmido.

PUBLICIDADE

::: Saiba tudo sobre :::Mercado de franquiasO futuro das startupsGrandes empresáriosMinha história

Por isso, até a empreendedora acertar a mão, foram muitos bolos perdidos. O risco era tanto que Vera fazia duas versões para uma encomenda. Se a primeira desse errado, tinha a segunda para garantir a entrega feita com a ajuda da filha Camila. Mas os 15 anos de experiência fizeram com que a dupla virasse referência no ramo e hoje o ateliê L’art in Dolce tem como foco os cursos de bolos esculpidos, cupcakes e bolachas, que respondem por 95% do faturamento. Bolo por encomenda? Só quando não tem aula. Mãe e filha, na verdade, já eram professoras, mas resolveram se dedicar aos doces.

As primeiras criações eram dadas de presente e começaram a chamar a atenção tanto de clientes quanto de pessoas interessadas em aprender a fazer a escultura de massa. Hoje o ateliê atende de 15 a 20 turmas por mês com uma média de quatro alunas cada. O curso de bolo, por exemplo, custa R$ 700.

:: Leia mais ::Bolos especiais ganham espaço no País  

“De três anos para cá deu um ‘boom’ grande. Antes dava para contar nos dedos a quantidade de professores. Tem os dois lados, muita gente entrou para fazer bolo e muita gente entrou para dar aula”, conta Camila.

Ela diz que 80% das alunas têm faculdade e estão com a vida estabilizada, mas largam tudo para fazer bolos em busca de um negócio próprio e de horário mais flexível. “Como entrou muita gente, a competitividade aumentou. Buscar um diferencial é fundamental”, conta Camila, que recebe até mesmo alunas estrangeiras.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.