07 de setembro de 2011 | 23h59
Na segunda parte da entrevista concedida ao Estadão PME, Álvaro Guillermo mostra o caminho das pedras para os pequenos empresários. Em outras palavras: o especialista aponta o que é preciso fazer para efetivamente crescer. Leia:
Como corrigir o problema de não ser lembrado pelo consumidor?
Tem que vasculhar o DNA da empresa. Fazer um diagnóstico para descobrir quais são os verdadeiros defeitos do negócio. A começar pelo nome. Se o nome não traduzir o que a empresa quer dizer a seus clientes, muda-se o nome. Outra opção é atualizar a marca anterior, com um novo design. Porque sem uma marca forte, a pequena empresa desaparece.
Mas para o empresário é difícil ter um olhar imparcial sobre sua empresa, promover mudanças...
Por isso é preciso planejamento, profissionalismo. O empresário deve mirar o ponto onde quer chegar e traçar o caminho. Para isso, precisa unir uma equipe multidisciplinar em que cada um tem uma função e visão, mas todos têm a mesma responsabilidade: fazer a empresa chegar lá. Mas, como se trata de projetar o futuro, é bem possível que a empresa erre. Tudo bem! É por meio do erro que encontramos a possibilidade de inovação.
É possível fazer isso sem a ajuda de especialistas em design e comunicação?
O ideal é contratar alguém especializado. Porém, não adianta colocar um designer na sua empresa se ele não tiver influência sobre as decisões estratégicas. Ele deve ajudar a definir os rumos do negócio.
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Mas um profissional assim pode custar caro para uma empresa pequena...
Outra saída é contratar uma consultoria para fazer esse trabalho de alinhamento. O serviço deve custar a partir de R$ 4 mil. Isso seria o preço mínimo de um diagnóstico e mais dois meses de trabalho para executar as mudanças.
E quais os resultados que esse serviço pode apresentar?
É possível, por exemplo, redesenhar um produto, torná-lo mais funcional, diminuir a quantidade de material necessário para sua fabricação e, consequentemente, diminuir seus custos. Outra vantagem é criar um programa estratégico da marca. A pequena empresa sempre tem a cara do dono. Mas ao desenharmos uma diretriz, a estratégia vai se descolar do dono, o que possibilita a longevidade da empresa e sua profissionalização. Assim, a marca será reconhecida e valorizada pelo consumidor. E os funcionários também se sentirão mais motivados. É um ganho intangível, que nem sempre vai significar aumento das vendas. Mas já é um ótimo começo.
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