
11 de março de 2015 | 18h20
Do ponto de vista do empreendedorismo, há pelo menos duas grandes estratégias por trás dos anúncios recentes do WhatsApp. A primeira é a da diversificação de oferta ao consumidor. A segunda passa pela proposta de manter esse mesmo cliente, pelo maior tempo possível, usando a ferramenta. As duas propostas se confundem e se entrelaçam.
Conforme noticiado, agora os usuários brasileiros podem fazer ligações por meio do aplicativo. No começo do ano, os gestores do aplicativo haviam anunciado que esses mesmos usuários poderiam acessar o serviço de mensagens instantâneas pela web. Essas duas notícias recentes mostram uma diversificação de portfólio e, ao mesmo tempo, fazem com que as pessoas simplesmente usem mais o produto criado por Jan Koum em vez de outros disponíveis no mercado - inclusive os serviços convencionais de ligação.
:: Aproveite para conferir a história de grandes empreendedores ::
Por mais que o mundo, atualmente, seja das empresas de tecnologia, aquelas que ganham cada vez mais espaço com suas avaliações bilionárias, a proposta para reter o consumidor passa mais ou menos pela mesma estratégia utilizada para consolidar produtos convencionais - como pão em forma, xampu ou camisas. Diversificar e reter o cliente.
Há outra lição interessante que o WhatsApp pode ensinar a quem está começando um negócio. Você precisa ser gigante para lidar com gigantes. São cerca de 700 milhões de usuários ativos, 30 bilhões de mensagens enviadas todos os dias e por aí vai. O que nos leva a terceira lição: quando a concorrência começa a se preocupar com você, é porque o caminho do sucesso está pavimentado. O recurso de chamada de voz só funciona para quem tem Android. Nada de Apple. O mesmo havia sido feito quando do anúncio do uso da ferramenta de mensagens pela web.
Será que alguém na Apple está preocupado?
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