Publicidade

Engenheira trocou emprego em banco pelo sonho do chocolate

Quando Gislaine foi pedir dispensa, ela ficou sabendo do programa de demissão da empresa

PUBLICIDADE

Por Gisele Tamamar
Atualização:

A engenheira Gislaine Gallette da Cunha fez um acordo com o banco onde trabalhava após decidir empreender – quando ela foi pedir para deixar a empresa, o chefe a informou que a instituição financeira colocaria em prática um plano de demissão e que ela poderia aderir ao acordo. Depois de uma coincidência de fatores, a engenheira foi fazer cursos e colocou em prática um plano que alimentava desde 2000: abrir um negócio relacionado ao universo do chocolate. Nada a ver com a sua formação, mas sim com a especialização.

PUBLICIDADE

::: Saiba tudo sobre :::Mercado de franquiasO futuro das startupsGrandes empresáriosMinha história

Gislaine é engenheira eletricista e fez um MBA em marketing. Durante o trabalho de conclusão de curso, ela formatou um plano de montar uma fábrica de chocolates. Foram 11 anos até deixar o emprego. “É difícil tomar a decisão de sair de um trabalho bacana, com uma remuneração legal. Mas o que falou mais alto foi a paixão pelo chocolate e a vontade de empreender”, afirma Gislaine.

:: Leia também ::Empreendedorismo por necessidade pode se transformar em uma oportunidade

Outro fator que pesou na decisão foi a qualidade de vida que ela buscava para ela e a família que estava construindo. “Meus filhos eram pequenos e vários dias deixei de encontrá-los. O mundo corporativo seduz, você quer crescer, quer conquistar lugares cada vez maiores, mas tudo isso tem um preço. Minha escolha foi pagar o preço da menor remuneração, mas da qualidade de vida e fazer o que eu tinha como sonho”, completa.

Na avaliação do professor de empreendedorismo do Insper, Marcelo Nakagawa, casos como o de Gislaine, de profissionais em cargos mais altos que seguem o caminho do empreendedorismo, devem se intensificar. Para o especialista, a taxa de desemprego deve refletir na de empreendedorismo por necessidade, principalmente, por atingir também um emprego mais qualificado. “Muitos desses programas de demissão voluntária atingem níveis gerenciais”, pontua o especialista.

Negócio. Gislaine montou a Gallette, uma chocolateria que trabalha com itens gourmet e recheios diferentes, além de manter uma preocupação com a sustentabilidade. No ano passado, o negócio faturou meio milhão de reais e atualmente mantém crescimento de 25% em comparação a 2014. “Eu sou otimista. Acho que todo mundo está atuando com um pouco mais de cautela, mas acredito que a situação vai se resolver.”

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.