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Encontro PME debate a importância da inovação para as pequenas e médias empresas

Evento na sede do Grupo Estado reuniu empresários de sucesso e analistas do segmento

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Por SILVIO CRESPO
Atualização:

 O foco na inovação foi uma lição deixada pelo empresário Pedro Herz, dono da Livraria Cultura, durante a 2ª edição do Encontro Estadão PME, realizado nesta sexta-feira, 27, em São Paulo.

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"Eu penso assim: 'Se funciona, é obsoleto'. Olhem para frente, que existe muita coisa a ser feita", afirmou. Ele se referia à necessidade do empreendedor de não parar de buscar soluções. "As ferramentas para a gente ser eficiente mudam todo dia. Você pode ser eficiente hoje e amanhã não ser mais. Se a empresa não se renova, ela morre", enfatizou.

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Convidado a discutir os desafios da pequena empresa em atrair e reter talentos, ele ressaltou que o empreendedor deve buscar pessoas que demonstrem comprometimento. "Hoje ninguém mais tem compromisso com nada, nem com horário. Um colaborador que tem compromisso é um talento, e a gente tenta retê-lo", observou.

Crescer rápido

O afã do empreendedor de crescer muito rápido nem sempre é bom para os negócios, avaliou o professor Marcelo Aidar, da Fundação Getúlio Vargas. O mais importante, na visão dele, é manter a qualidade do produto enquanto a empresa cresce, mesmo que para isso seja necessário se expandir mais devagar.

Leandro Scabin, da Gelato Diletto, já pensa nisso desde o começo do seu negócio. "Nós temos um sorvete que usa framboesa da Patagônia. A gente compra da maior fazenda da Patagônia porque, se o negócio crescer e se tornar global, não vai ser preciso trocar de fornecedor", revela. Na opinião dele, com substituição de fornecedor o cliente pode sentir a diferença e achar que está sendo enganado.

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A atenção ao consumidor é uma das maiores preocupações de Clóvis Souza, da Giuliana Flores. "Erros acontecem o tempo todo nas empresas. Se a gente erra, às vezes é o caso até de dar o produto de graça". Na opinião dele, é preferível perder o dinheiro de uma venda a perder o cliente.

Alexssandro Mello, da FIA (Fundação Instituto de Administração), observa que os jovens normalmente querem trabalhar em empresas grandes, por causa do status. Para o pequeno empreendedor reter essas pessoas, é necessário envolvê-las nas decisões da companhia, e não deixá-lo apenas "carregando piano". "Quem vai querer trabalhar em um lugar onde só quem é da família do dono que tem oportunidade?", questionou.

Dona da rede de hotéis Blue Tree, a empresária Chieko Aoki observou que o importante não é tentar imitar as grandes empresas nem superá-las em tamanho. "Nós queremos ser a melhor empresa, e não a maior".

Ela alertou, ainda, que os líderes de um negócio devem conhecer também as tarefas básicas. "Não dá para gerenciar um hotel sem saber arrumar uma cama. Não basta saber que a camareira demora 15 minutos. É preciso saber como doem as costas quando se arruma uma cama muito rápido".

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