16 de novembro de 2013 | 07h57
Na hora de presentear alguém em datas comemorativas, muitos optam por escolher algo de que a pessoa precise. Outros preferem dar dinheiro, ou algum 'vale-qualquer coisa'. Até meia e cueca alguns insistem em dar. No entanto, fugindo do óbvio, há quem prefira personalizar o seu presente e torná-lo único. Empresas como a Toonicado e a Carinhas Personalizadas investem nesse mercado.
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Em 2011, o artista e ilustrador Marcel Melfi fazia desenhos para casais de amigos, quando a hoje sócia e publicitária Gabi Quesada sugeriu a ideia de personalizar produtos para o Dia dos Namorados. No ano seguinte, Rodrigo Raduan entrou para a sociedade, período em que a empresa foi formalizada, com um investimento inicial de R$ 200 mil.
Marcel, que tem o dom de desenhar, já que sua família inteira é desenhista, conta que a demanda segue mais intensa perto do dia 12 de junho. "Os casais procuram muito a caneca personalizada com o rosto da namorada ou do namorado", diz. No primeiro ano, a Toonicado obteve R$ 360 mil de faturamento e a expectativa é alcançar R$ 500 mil neste ano. Já para 2014, a previsão de faturamento é da ordem de R$ 700 mil.
Também com o pico de vendas no Dia das Namorados e a procura maior por canecas, a Carinhas Personalizadas surgiu de um jeito inusitado: por um pedido de desenho de tatuagem de gêmeos. Melina Pettendorfer e Raphael Gomes, casal de designers e donos da empresa, receberam o desafio da irmã de Raphael de representar ambos filhos em um desenho que ficaria pra sempre na pele.
"Fizemos um retrato com traços simples. Depois disso, todo mundo começou a comentar", conta Melina. A divulgação começou em um blog que montaram com fotos de produtos e detalhes de como fazer o pedido. O investimento inicial da Carinhas foi de cerca de R$ 7 mil em algumas máquinas e matérias primas. Atualmente, o faturamento gira em torno de R$ 100 mil por ano.
A ideia de personalizar não se limita aos produtos e se estende a todo o ambiente, como é o serviço que se propõe a empresa Ilustre Festa. A proprietária Daline Carla Amorim passou a se envolver no universo de festas infantis quando teve o seu filho. No seu segundo aniversário, em março de 2012, decidiu preparar uma comemoração com desenhos que o representavam. E que ela mesma fez.
Os convidados que compareceram à festa começaram a pedir que Daline repetisse a produção nos seus eventos. "A repercussão e a aceitação foram muito maiores do que eu podia imaginar", afirma. As encomendas logo começaram a se intensificar, e no primeiro mês a designer e ilustradora precisou abandonar o emprego de anos numa gráfica. Com um investimento inicial de cerca de R$ 5 mil, hoje Daline trabalha no escritório que montou em casa, na companhia de seu filho, ganhando de quatro a nove vezes a mais do que no seu antigo trabalho.
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