As pequenas empresas brasileiras continuam desanimadas com desempenho da economia brasileira, sobretudo no que tange à sua recuperação em curto prazo. Essa, pelo menos, é a conclusão do Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN), realizado pelo Insper, em parceria com o banco Santander, e divulgada nesta terça-feira, 16.
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Segundo o levantamento, a expectativa do setor para os meses de julho, agosto e setembro de 2013 caiu 5,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior (abril, maio e junho). O índice registrado para o atual período é o de 71 pontos, ante os 75,2 pontos do passado. Trata-se do menor resultado para o período registrado nos últimos dois anos.
No que tange ao crescimento da economia, a expectativa recuou ainda mais, desabando de 73,4 para 66,2 pontos no terceiro trimestre.
“O IC-PMN mostra que os pequenos e médios empresários possuem uma perspectiva menos positiva sobre a evolução da economia no curto prazo. O aumento da incerteza, associada à subida da inflação, são, provavelmente, os fatores que provocaram esse declínio”, afirma José Luiz Rossi, professor e pesquisador do Insper.
Por ramo de atividade, a maior queda da confiança foi apontada por empresários do comércio, passando de 75,7 para 70,7 pontos. O setor de serviços atingiu 71,2 pontos ante 74,5 pontos verificados no trimestre passado e o a indústria registrou queda de 75 para 71,8 pontos. Os empresários consultados na pesquisa do IC-PMN também reduziram a confiança em relação ao faturamento neste terceiro trimestre. O índice para o faturamento esperado teve leve queda de 1,6 ponto, caindo de 79,6 pontos, registrados na pesquisa anterior, para 78 pontos.
Na medição do investimento, o desânimo também foi o mote da pesquisa. Os empresários apresentaram um nível de expectativa classificado em 68,1 pontos, frente 72,9 pontos do trimestre passado.