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Empresários contam o que acertaram ao empreender no Brasil

Histórias podem inspirar novas empresas

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Por Redação
Atualização:

Há empresas que nasceram de forma natural, de acordo com fatos que aconteceram na vida de seus criadores. Não eram necessariamente um sonho. Surgiram pela oportunidade e deram certo. Foi pensando em casos como esses que o Estadão PME selecionou algumas histórias de pessoas que acreditaram em um negócio e conquistaram sucesso em suas empreitadas.

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Osvaldo Nunes chegou a São Paulo e começou a trabalhar com 7 anos, passou por empregos como auxiliar de sapataria, engraxate, funcionário de padaria, feirante, office-boy, distribuidor da Bauducco e vendedor e gerente da Lacta. Mas foi durante uma das visitas como vendedor de doces a pequenos varejistas que Nunes recebeu a oferta para comprar uma pequena loja. Era a Doceria Laruta. Nunes aceitou o desafio, reformulou a loja e, com isso, vendeu dez vezes mais já no primeiro mês.

Mais avante, ao sair da Lacta, ele investiu o dinheiro da indenização e da venda da doceria na abertura da Chocolândia, um sucesso até hoje.

Outro caso de sucesso vem do fundador da Mandic, um dos primeiros provedores de internet do País. Aleksandar Mandic convenceu a mulher a emprestar uma linha telefônica – artigo de luxo na época – para iniciar sua empresa. “Eu não morava nos Estados Unidos, não tinha curso superior ou participava de grupos de pesquisa sobre o que seria a internet, mas já queria arrumar um jeito de trafegar dados pela rede”, conta.

Assim nasceu a Mandic BBS (sigla de Bulletin Board System, antigo sistema de informações eletrônicas por conexões telefônicas). A iniciativa deu certo e em 1995 já contabilizava mais de 40 mil usuários, o que obrigou Mandic a abandonar a estrutura caseira da empresa. A liberação do uso comercial da internet também exigiu que o empresário transformasse o sistema BBS para a web, criando um provedor de acesso à rede mundial de computadores. O aumento da concorrência no ramo era inevitável, por isso Mandic optou por vender a empresa em 1999. “Quatro meses depois estourou a bolha. Se não tivesse vendido o negócio naquele momento, teria perdido meu dinheiro”, conta.

Quem esteve nos Estados Unidos e de lá trouxe inspiração para empreender foi Marcio Peres, que até cortou grama por lá para ganhar algum dinheiro. Peres voltou para o Brasil fã dos cookies, os famosos biscoitos norte-americanos. Tão fã que resolveu apostar no doce como meio de ganhar a vida. Ele praticou as receitas escritas em livros de culinária que comprou por lá – foram três meses de experimentação e testes até que o empreendedor percebeu que precisava retornar aos Estados Unidos para estudar. Ele matriculou-se então no American Institute of Baking e em seis meses aprendeu tudo sobre o biscoito. Após casar-se no Peru, ele criou a própria empresa em 1988.

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Marcio escolheu a região Sul para atuar porque seus pais tinham se mudado, na mesma época, para a cidade de Canela. Os pais, aliás, inspiraram o nome do negócio: Dauper é a união do sobrenome da mãe, Dault, com o do pai, Peres. As primeiras vendas foram feitas para lojas pequenas de Gramado e Canela, até que o empresário conquistou o McDonald’s.

Outro empreendedor da Região Sul trocou de cidade para ter uma vida mais saudável e ajudar as pessoas. Marco Aurélio Raymundo deixou a carreira médica na cidade grande, Porto Alegre, para fundar uma marca de surfe internacional, no litoral de Santa Catarina. "Eu fui treinado para ser médico. Sabe esses malucos que largam tudo e vão salvar vidas na África? Eu fiz isso, mas no Brasil", conta Morongo, apelido pelo qual ele é conhecido.

O começo difícil mostrou logo de cara os desafios para o moleque de ideais hippies. "Para resolver um problema de saúde local eu tive que virar empresário", afirma Morongo, que instalou latrinas na cidade quando não havia saneamento básico e distribuía amostras grátis de medicamentos. Ele solucionou também outro ‘inconveniente’ em Garopaba. Praticante de surfe, ele sofria muito com a água gelada do litoral catarinense. Para enfrentar o frio, fez em casa, sem muitas noções de costura, uma roupa de neoprene para não deixar de lado o seu passatempo preferido durante o inverno do Sul. Da experiência, nasceu a Mormaii.

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