Empresa vende sorvete orgânico e sem leite

Sorbet está no mercado há oito meses e pode ser encontrado em seis sabores

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Por Gisele Tamamar
Atualização:

A tendência dos alimentos saudáveis e orgânicos chegou aos sorvetes. Mas a empresa La Naturelle ampliou ainda mais os diferenciais do seu produto e apostou no sorbet, que não leva leite ou gordura. Os sócios investiram R$ 2 milhões no negócio, que inicialmente começou com a venda de polpas de frutas. Deu certo. Tanto que a empresa planeja agora expandir para fora do País com a chegada de um fundo de investimento.

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O negócio surgiu a partir da iniciativa do engenheiro de alimentos Seikiti Tamahiro, que tem uma filha com intolerância à lactose, e do casal Patricia e Ronaldo Canova, pais de uma filha com alergia a produtos químicos. Assim, a La Naturelle é resultado do encontro da ideia de Tamahiro em fazer um sorvete orgânico com o conhecimento do casal em preparar um produto sem química.

“Quando minha filha era pequena, me pediu para fazer um doce cor de rosa que ela pudesse comer, sem se coçar. Nosso primeiro sorbet foi o de amora em homenagem a ela”, conta Patricia. O sorbet está no mercado há oito meses e pode ser encontrado em seis sabores. Com a entrada de um investidor, os sócios começaram a enviar amostras do produto para o Canadá, Estados Unidos e Israel.

A aposta nas frutas brasileiras é uma das tendências do setor, que cresce anualmente, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (Abis). Só em 2012 foi consumido 1,2 bilhão de litros de sorvete, 4,4% a mais que no ano anterior.

“Temos um mercado promissor para as pequenas e médias empresas nacionais. Mas cada um tem que achar seu nicho”, afirma o presidente da Abis, Eduardo Weisberg. E as oportunidades estão na abertura de lojas ou fábricas, por exemplo, que apostem em um produto mais elaborado e artesanal.

O que não pode é deixar faltar produto. “Sorvete não é igual carro, que se não tem a cor escolhida, o cliente volta na loja amanhã. O sorvete de amanhã seria o segundo sorvete, o de ontem ele deixou de tomar”, afirma Eduardo Weisberg.

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E os desafios do setor incluem, ainda, a sazonalidade e até mudar a cultural atual do consumidor brasileiro. “Choveu, fez frio ou o sol foi embora, o pessoal não toma sorvete. O brasileiro precisa entender que o sorvete alimenta, é nutritivo e pode ser consumido o ano todo”, garante Weisberg.

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