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Empresa que vende produtos para funerais quer provar que pode ser popular nas redes sociais

Nova empresa especializada em serviços funerários pretende provar que também pode atrair clientes por meio das redes sociais

Por Renato Jakitas
Atualização:

O paulistano Hamilton Souza acredita piamente no Facebook como mola propulsora para a divulgação das empresas na internet. E isso independe do ramo de atividade ou do produto comercializado. Tamanha é sua convicção que neste momento ele se organiza para lançar um negócio especializado em serviços funerários na cidade de São Paulo. E, pelo menos no início, vai apostar no site lançado por Mark Zuckerberg como única ferramenta de propaganda e interação com o consumidor.

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Com o nome de Até que a Vida nos Separe, Souza e dois sócios querem provar para os amigos, familiares e ao mercado de uma forma geral que nada é impossível em matéria de redes sociais. “Esse é um mercado bilionário, um serviço de extrema necessidade que todas as pessoas usam ou um dia terão de procurar. Mas eu acho que a internet e as redes sociais estão sendo subutilizada nesse ramo”, afirma o empreendedor, que atua há 20 anos no setor (sua família é dona de cemitérios e de uma agência que vende serviços e produtos ligados ao tema).

A despeito da vivência do empresário, seu desafio é grande, como comprova um levantamento feito pela empresa de monitoramento de redes sociais R18. Listando três mercados com atributos não tão populares para ‘curtidas’ no Facebook (agências funerárias, desentupidoras e dedetizadoras), foi possível compreender a dificuldade encontrada por alguns empresários em aproveitar o avanço das redes sociais como vitrine de exposição.

Feita com exclusividade para o Estado, a pesquisa concluiu que o Twitter e o Facebook são praticamente ignorados pelos departamentos de marketing desses negócios. E dos poucos que se aventuram, a resposta do público é bastante tímida.

“Não encontramos funerárias e, nos demais negócios, localizamos 221 perfis ativos, com não mais que 130 fãs no mais popular deles, um número muito baixo”, conta Rodrigo Arrigoni, sócio da agência, que como comparação menciona o mercado pet – há mais de mil perfis desse tipo de empresa.

O cenário desenhado pela pesquisa da R18 não incomoda Hamilton Souza. Para bancar a aposta no projeto, ele planejou um negócio que pretende comercializar desde coroas de flores até jazigos e cerimoniais, com pacotes simples e sofisticados, com a presença de músicos e roteiro de homenagens. “A partir do momento que se oferece um negócio bem estruturado, algo autoexplicativo e empregando mecanismos simples de compra, a empresa tem tudo para pegar”, diz Souza.

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Aposta. Igor Kalassa, dono da 4Life, agência contratada por Souza para cuidar da divulgação nas redes sociais, concorda com o cliente. “Com a estratégia certa, acredito na ideia”, diz ele, que investirá na produção de conteúdo e prestação de serviços para tentar agregar 50 mil fãs em seis meses.

“Por evitar o assunto, as pessoas são pegas de surpresa e desconhecem o que devem fazer quando realmente precisam. Vamos trabalhar com conteúdos informativos e serviços”, detalha o especialista. “Esse trabalho vai me ajudar a definir os limites da divulgação nas redes sociais”, arrisca.

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