PUBLICIDADE

Publicidade

Empresa lança site para aluguel de vestido de grife e pretende faturar R$ 800 mil ainda este ano

Dupla oferece peças de alta costura por até 20% do valor da peça e planeja faturar R$ 800 mil até o final do ano

Por Renato Jakitas
Atualização:

Um vestido de R$ 4 mil é, para muitas mulheres, algo para ser admirado apenas nas páginas de revistas femininas ou no corpo das celebridades. Mas duas empresárias paulistanas querem mudar essa história.

PUBLICIDADE

::: Estadão PME nas redes sociais ::: :: Twitter :: :: Facebook :: :: Google + ::

Elas investiram R$ 300 mil em um site especializado em alugar peças de grife, cobrando em média R$ 400 (entre 15% e 20% do valor da roupa). A dupla foi até estilistas famosos, como Reinaldo Lourenço e Carlos Miele, e negociou preços reduzidos para comprar 240 vestidos. 

O negócio está em operação há três meses e, até o final de dezembro, o plano é faturar R$ 800 mil, além de captar entre R$ 700 mil e R$ 1,2 milhão de investidores.

Batizado como Dress & Go, o e-commerce é inspirado na Rent The Runway, startup norte-americana que em três anos levantou US$ 30 milhões (cerca de R$ 60,9 milhões) de fundos de capital de risco. 

“Uma noite, eu procurava um vestido para meus pais trazerem de Londres e coloquei no Google Karen Millen, que é um estilista que eu gosto bastante. Apareceu uma oferta por 65 libras. Achei estranho o valor e percebi que não era para comprar, mas para alugar. Foi quando a gente descobriu que existia esse negócio”, conta Barbara Diniz. “Depois, fomos almoçar com uma amiga e ela nos disse, ‘Então vocês querem fazer como a Rent The Runway, de Nova York’. Depois disso, a gente começou a pesquisar mais a fundo esse mercado e montamos um plano de negócios”, lembra a sócia Mariana Penazzo.

Antes de aplicarem, cada uma das empresárias, R$ 150 mil para o início da operação, elas prepararam uma pesquisa para avaliar a aceitação do modelo. “A gente procurou as ‘patricinhas’ de São Paulo e mandamos um questionário para medir a adesão, sem explicar muito a ideia. Esperávamos que viessem uns 5%, 10% de aceitação. Mas descobrimos que 45% delas estariam dispostas a alugar”, lembra Mariana.

Publicidade

Na tentativa de driblar uma possível resistência ao modelo, as empresárias estruturam, além do site, um ateliê na região do Itaim Bibi, área nobre de São Paulo. Agora, a dupla de empreendedoras busca parcerias com marcas internacionais para engrossar o portfólio. 

E é justamente o mix de opções o que Daniela Khauaja, coordenadora acadêmica da área de marketing da ESPM, define como o ponto crítico do negócio montado pelas duas empresárias. “As pessoas vão entrar no site e ver que tal vestido está lá para alugar. E se o portfólio é pequeno, como é hoje, a roupa pode ficar marcada. Ninguém quer, numa festa, que esteja escrito na testa que a roupa é alugada”, alerta a professora.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.