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Empresa de restauração de veículos planeja crescimento apesar da alta do dólar atrapalhar

Dono da Prathauto vai dobrar espaço para restaurar mais veículos simultaneamente

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Por Gisele Tamamar
Atualização:

A primeira coisa que Cesar Vicente Dall’agnol comprou com os primeiros salários, aos 14 anos, foi um carro Itamaraty 1968, em sociedade com um amigo. A paixão pelos carros antigos sempre acompanhou o empresário, mas ele só foi empreender na área depois de trabalhar dez anos como barbeiro e manter uma concessionária por mais 15 anos. Hoje, ele é dono da Prathauto, empresa de restaurações que traça planos de crescimento e fatura, em média, R$ 50 mil por mês.

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Desde que começou a trabalhar na barbearia, Cesar fazia um negócio ou outro, comprava e vendia carros e paralelamente restaurava alguns veículos. "Chegou um ponto que eu vendi a empresa de automóveis e investi na empresa de restauração", conta o empresário, que abriu a empresa em 2005 e hoje tem 20 funcionários e 22 projetos em andamento.

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Não falta trabalho na oficina, mas Cesar afirma que a alta do dólar tem afastado alguns clientes. "Ao importar as peças dos Estados Unidos temos o dóalr a R$ 4 mais as taxas. A peça que a gente compra por US$ 1 paga mais de R$ 8", explica.

Um dos maiores desafios do serviço é a dificuldade de encontrar as peças para a restauração dos carros. Como se trata de modelos que não são mais fabricados, a empresa precisa garimpar os objetos e mantém representantes em Miami e Nova York para ajudar nessa busca. Hoje, em média, a restauração de um carro demora entre um ano e um ano e meio.

O plano do empresário é dobrar o espaço físico (hoje com 1.700 metros quadrados)  para conseguir trabalhar com mais projetos. Isso porque alguns clientes pedem a finalização do serviço o mais rápido possível, sem problemas com o valor do pagamento. No entanto, outros determinam um valor mensal de acordo com o andamento do serviço. "Precio aumentar meu espaço físico para aumentar o faturamento", diz.

Carros marcantes. "A maioria desses veículos não é só lataria. Tem uma história. O bacana é trabalhar em um veículo que tem história, tenha relação com bons momentos", diz.

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Um exemplo é um Chandler 1929. De acordo com Cesar, esse carro é de um cliente de Santa Catarina que colecionou carros a vida toda, mas nunca teve um veículo restaurado. "Agora ele deu os carros de presente para os filhos e um deles pediu para restaurar e vai dar de presente para o pai. Estou aguardando as peças do motor", contou.

Outro veículo desafiador foi um Mercury Montclair Coupe 1956. "É um veículo rico em detalhes e foi muito difícil conseguir as peças. A parte de funilaria demorou um ano, mas a localização das peças demorou quatro", lembra.

Já o mais desafiador no quesito "carro destruído" foi um Buick Skylarck 1953 conversível. A empresa precisou fabricar todo o piso. Desde a sua criação, a Prathauto, de Nova Prata, no Rio Grande do Sul, já restaurou 24 automóveis.

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