25 de março de 2014 | 07h15
Comprar produtos pelo smartphone e recebê-los em casa em menos de 60 minutos, e a qualquer hora do dia, é a aposta de uma loja virtual localizada em Campinas (SP). Lançada há pouco menos de um ano, o negócio fatura de R$ 50 a R$ 60 mil por mês e se planeja para dobrar esse montante até janeiro de 2015.
::: Estadão PME nas redes sociais :::
:: Twitter ::
:: Facebook ::
:: Google + ::
A Convenié, como foi batizada a empresa, iniciou sua atividade em abril de 2013 quando três colegas, mais três investidores-anjo, aplicaram R$ 450 mil na ideia. A startup é inspirada no RedMart, de Cingapura, um empório virtual que, recentemente, recebeu o aporte de US$ 5,4 milhões de investidores (cerca de R$ 12,68 milhões), incluindo o dinheiro do brasileiro e cofundador do Facebook, Eduardo Saverin.
Basicamente, a empresa funciona como uma loja de conveniência, 24 horas por dia, só que virtual. A entrega dos produtos é feita em menos de uma hora pela própria empresa, que cobra pelo serviço uma taxa de R$ 4 a R$ 6, dependendo da distância.
Se bem que o quesito área de cobertura não chega a ser o ponto forte da Convenié. O atendimento e o centro de distribuição ficam no bairro do Taquaral e a abrangência do serviço atende nesse primeiro momento um raio de 13 quilômetros, com um público estimado de 400 mil compradores. Mas a proposta, explica o sócio Felipe Fontes, é ampliar essa operação o quanto antes com mais quatro unidades: outra em Campinas e mais três em cidades vizinhas, como Paulínia e Vinhedo.
"Tenho procurado investidores no Brasil e no exterior para essa expansão, além de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Estimamos um investimento de R$ 300 mil para cada novo centro de distribuição, que esperamos concluir até o final do ano", conta o empresário que, com o movimento, pretende impactar 1,5 milhão de possíveis clientes.
"Criamos um serviço de alta disponibilidade, como se fosse o armário do cliente", explica Fontes. "Já tivemos clientes que fizeram mais de 100 compras", conta ele, que não descarta a abertura de franquias para ganhar escala. " Já temos interessados em São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e no Rio de Janeiro."
Mix. Com um portfólio composto por 1,2 mil produtos, entre bebidas, produtos de higiene pessoal e alimentos, o desembolso médio na conveniência é de R$ 40. Sessenta e cinco por cento das vendas são realizadas no período noturno e um dos pontos de destaque do e-commerce são os pratos prontos, como yakisoba e pizza assada - que podem ser aquecidos na própria loja.
O preço, conta Felipe Fontes, é equivalente aos preços praticados dentro de conveniências de posto de gasolina e supermercados da região. Mas para Luciana Burger, professora de Marketing Digital da ESPM, os desafios da empresa passam por tornar o negócio bom para cidades maiores, como São Paulo, onde há mais dificuldade em termos de logística.
“Eles estão vendendo tempo, e as pessoas buscam cada vez mais facilidades para comprar", diz. Para ela, é preciso avançar rapidamente em volume de entregas e desenvolver fórmulas capazes de ampliar o ticket médio, para fugir de compras pequenas e picadas, hábito que pode trazer problemas para a saúde da startup. "Tem que dimensionar muito bem essas questões e ter um alto giro."
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.