
08 de novembro de 2011 | 16h46
A primeira edição do Encontro Estadão PME reuniu empresários e analistas dispostos a trocar experiências e ajudar pequenos empresários interessados em melhorar suas margens de faturamento. O evento, que aconteceu na manhã desta terça-feira (8), no Centro Empresarial do Itaú, em São Paulo, iniciou com uma mesa de discussões sobre como o comportamento da economia pode afetar as pequenas e microempresas em 2012. Temas como empreendedorismo, segmentação de mercados e trajetórias de empresários de sucesso foram abordados durante o encontro.
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Panorama 2012
Os planos de contenção na crise na Europa devem funcionar. Por isso a recessão econômica não deve provocar grande impacto no Brasil. Essa é o opinião do professor José Luiz Rossi Júnior, do Insper, do economista Caio Megale, do Itaú, e do superintendente do Sebrae, Bruno Caetano. Os três especialistas participaram do primeiro módulo do evento. Durante a mesa de discussões, Bruno Caetano, superintendente do Sebrae, ressaltou que embora o País não corra grandes riscos de entrar em uma recessão como em países da Europa, os empresários devem ficar atentos ao mercado e manter sempre um planejamento: “Não há atalho para fugir da crise. O empresário deve estar sempre preparado, em especial nesse momento”.
Segmentação
Tanto de no mercado de luxo como no mercado popular, a chave do sucesso é acertar na comunicação da marca. “ É preciso conhecer o seu público e conhecer os códigos deles para saber comunicar os valores do seu produto”, disseWagner Sarnelli, do instituto Data Popular durante apresentação sobre o segmento. Para Gabriela Otto, professora da ESPM, a oportunidade que o mercado de luxo oferece para micro e pequenas empresas está na valorização da cultura local. Ambos os especialistas dizem que as empresas precisam buscar ser democráticas no atendimento e contemplar a todos os consumidores sem perder a sua essência.
Receita de sucesso
Ter foco e saber identificar as oportunidades é a receita de sucesso que Antonio Carbonari Netto seguiu para erguer a Anhanguera Educacional. Hoje sua empresa é o maior grupo de ensino do Brasil. “Nunca quis formar um profissional nível A. Meu foco sempre foi preparar os alunos das classes C e D para o mercado de trabalho”, diz Carbonari. “Por apostar nesse público quando essas classes sociais ascenderam estávamos prontos para atendê-los”, complementou o empresário. Ao resumir sua experiência, Carbonari da duas dicas aos empresários: pensar de forma global e trabalhar pelo desenvolvimento de sua equipe. “Para reter talentos na empresa é preciso muito carinho e dinheiro”, afirma.
Clientes e qualidade
Ivani Calarezi, sócia da rede Amor aos Pedaços, destacou a importância de oferecer produtos de qualidade e minimizou a importância de pesquisas. “Muitas vezes o consumidor não sabe o que quer. Então, o empresário precisa conhecer os seus clientes e usar o seu instinto para criar produtos que ele imagina que o consumidor vá gostar”, diz. Mas mesmo quando a empresa se esforça para fazer tudo certo, há sempre o risco do erro. “Quando isso acontece é preciso fazer de tudo para consertar o erro o mais rápido possível, diz Ivani. “É preciso sempre ouvir o cliente que reclama. Porque esse cliente você não perde. Ele só quer te ajudar”.
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