30 de janeiro de 2013 | 17h04
Além da segmentação, outro movimento que chama a atenção do mercado de produtos para bebês é a ‘romaria’ de mães e pais para a compra do enxoval dos filhos no exterior – os principais destinos dos brasileiros são as cidades de Orlando e Miami, nos Estados Unidos.
::: Siga o Estadão PME nas redes sociais :::
Em busca de preços até três vezes menores em alguns acessórios – resultado da diferença tributária entre os dois países –, a tendência é tão forte que ajudou a formatar uma nova modalidade de empresas por lá: consultorias de compras para atender brasileiros.
Um desses negócios é mantido pela paulistana Priscila Goldenberg, há quatro anos em Miami. “Frequentava as lojas para comprar itens para meu filho e notava muitos brasileiros perdidos. Por duas vezes, ofereci ajuda e percebi a oportunidade de profissionalizar o serviço e criar a consultoria. Hoje, preparamos a lista de compras e oferecemos suporte no dia da compra”, conta a empresária. Priscila mantém uma equipe com oito consultoras, chega a fazer 40 atendimentos mensais e lucra US$ 5 mil por mês.
A história se repete com Lory Buffara. Ela aproveitou a transferência do emprego do marido para Miami e montou há seis meses o seu negócio, o Mommy’s Concierge. “Não investi R$ 10 mil na empresa e, com uma sócia, trabalhando duas vezes por semana, estou faturando uns R$ 10 mil por mês”, afirma. Lory cobra entre US$ 345 a US$ 600 (R$ 705 a R$ 1.224) pela execução serviço.
Disk desejo. Em São Paulo, Viviane Paulucci, da Baby Planners, também prepara lista de compras para brasileiras no exterior e informa quais são os locais indicados para encontrar determinados produtos.
No entanto, esse não é o foco do seu negócio. Basicamente, a proposta de Viviane é a de apresentar-se como uma espécie de ‘faz-tudo’ para assuntos relacionados com a maternidade. Essa assessoria abrange desde a indicação de babás e da primeira escola até a solução de desejos das grávidas no meio da madrugada. “Eu tenho parceiros taxistas que vão atrás do desejo da futura mãe e levam para ela. É só me ligar”, afirma.
:: Leia também ::
Vender para as mamães exige especialização
Setor de empresas especializadas em bebês vive a tendência do saudável
Comércio online é boa opção para quem pretende atuar no segmento
Viviane Paulucci mantém a empresa há quatro anos e trabalha sozinha em um escritório domiciliar. Por mês, atende 20 clientes. “Eu trabalho de segunda a sexta e vou até a noite, fazendo as pesquisas, estudando e resolvendo as demandas das mães”, conta a empreendedora. Ela cobra R$ 380 por uma sessão de duas horas de atendimento, sempre realizado no endereço indicado pela cliente.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.