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Em dois anos, quase 100 mil jovens apostam em franquias para ter o negócio próprio

Estudo mostra que quase 25% dos franqueados de 2011 tinham até 30 anos. Respaldo técnico é um dos motivos que atraem esse público

Por Cris Olivette e Oportunidades
Atualização:

Estudo realizado pela Rizzo Franchise, consultoria especializada na estruturação de franqueadoras, mostra que entre 2009 e 2011 mais de 98 mil homens e mulheres com menos de 30 anos adquiriram uma unidade franqueada.

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Julia Angotti, de 23 anos faz parte desse time de jovens empreendedores. Depois de concluir o curso de relações públicas e passar uma temporada no Canadá, começou a dar aula particular de inglês. “Após um tempo, meu pai sugeriu que eu abrisse minha própria escola. Pesquisei o setor de franquias e cheguei à PBF.” Agora, Julia trabalha para concluir a reforma do imóvel onde vai instalar uma unidade da franquia em Atibaia (SP).

Julia conta que tudo é muito novo para ela e que tem superado vários desafios. “Estou amadurecendo bastante. Tenho de lidar com a prefeitura, fazer cotação, solicitar orçamentos etc.” Ela considera o modelo de franquia ideal para pessoas com pouca experiência. ::: Estadão PME nas redes sociais ::: :: Twitter :: :: Facebook :: :: Google + ::

“Qualquer dúvida que tenho, ligo para a franqueadora, que tem áreas de arquitetura, marketing e financeira que dão assitência. Então, é bem mais fácil do que começar sozinha.”

Segundo o diretor da Fundação Fisk, detentora das marcas PBF e Fisk, Christian Ambros, 30% de seus franqueados têm menos de 35 anos. “A Fisk já está com 54 anos e a PBF com quase 50. Temos alcançado a segunda e terceira geração de franqueados. Os avós tinham a escola, passaram para os filhos, e agora o negócio está sendo assumido pelos netos. Tem cada vez mais sangue novo chegando à rede.”

Ambros afirma que dá para ver claramente a diferença no modelo de gestão. De acordo com ele, os jovens são mais arrojados, estão preocupados com a atualização da escola, com novas tecnologias, querem participar de eventos, fazer propaganda mais agressiva e têm mais pique para buscar parceria.

“Obviamente, o fator experiência, que existe entre os franqueados mais antigos, esse jovem ainda vai adquirir. É aí que nós trabalhamos, meio nos bastidores, para prepará-los para os desafios e tendências de mercado”, acrescenta.

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Para o fundador da rede Seletti Culinária Saudável, Luis Felipe Campos, a energia dos jovens é bem-vinda. Mas, segundo ele, é preciso tomar cuidado com empreendedores da geração Y. “Muitos querem ter o retorno muito rápido e, por isso, podem abandonar o negócio no meio do caminho.”

Campos considera importante que o jovem já tenha convivido com clientes ou tenha tido funcionários sob sua responsabilidade e saiba minimamente o que é uma folha de pagamento.

“Verifico se há equilíbrio entre vontade, energia e uma experiência mínima para o que precisamos. O Felipe Pollastrini é um ótimo exemplo. Apesar de ter menos de 30 anos, já teve funcionários e clientes, entende de auditoria e de negócios”, diz.

Pollastrini está com 29 anos e é franqueado Seletti há dois anos e meio. Mantém uma loja no Shopping Center 3, na Avenida Paulista, onde administra equipe com 17 funcionários. Formado em propaganda e marketing, trabalhou como representante farmacêutico e como auditor, antes de empreender.

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“Estava insatisfeito com meu trabalho de auditor e achei que seria legal abrir uma franquia, porque já existe o modelo de negócio pronto.” Segundo Pollastrini, sua experiência de auditor o ajudou nas áreas financeira e contábil. “Mas isso é só um pedacinho das demais coisas que fui aprendendo no dia a dia. Agora que já tenho mais bagagem, me sinto preparado e mais confortável para ter uma segunda loja.”

O franqueado da Easy Comp Plus, Paulo Roberto Gomes Duarte, de 27 anos, começou a trabalhar com o pai em uma unidade da franqueadora quando tinha 12 anos. “Comecei distribuindo panfletos da escola, depois cuidei da secretaria e mais tarde assumi a administração.”

Duarte trabalhou com o pai até o início de 2009, quando abriu uma unidade própria em Gararema (SP). Ele passou a administrar as duas unidades em 2010, após a morte do pai. “Até o início de 2012, trabalhei com o sistema de licenciamento da marca, depois optei pelo franchise. Este modelo é mais atraente, porque oferece treinamento. Outra coisa que me atraiu é o suporte. Tenho dificuldade com balanço e com a área contábil e a equipe especializada da franqueadora me ajuda bastante”, conta.

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Hoje, as suas duas unidades atendem 1.500 alunos. Duarte diz que em 2013 pretende abrir mais uma Easy Comp Plus na região do Alto Tietê.

 
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