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Dupla lança clube de assinatura contra tensão pré-menstrual

Meddy tem hoje 500 assinantes, e a perspectiva é que a empresa chegue a 5 mil até o ano que vem

Por Vivian Codogno
Atualização:

Com um milhão de reais no bolso para investir no próprio negócio, os amigos Netto Neves e Thiago Cassini decidiram vender um remédio para uma dor que pouco conhecem: a tensão pré-menstrual. Fazer um clube de assinaturas com produtos voltados para o ciclo menstrual, portanto exclusivo para o público feminino, parecia a ideia genial de empreendimento. Foi quando perceberam que não entendem absolutamente nada sobre a questão.

Netto Neves e equipe da Meddy Foto: Marcia Alves/Divulgação/Meddy

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"Imagina só, somos dois caras. Como é que a gente começa vender anticoncepcional?", brinca Neves, que já trabalhava em parceria com Thiago Cassini em uma empresa de marketing digital. A saída foi cercar a Meddy, farmácia por assinatura lançada pelos dois em janeiro deste ano, por profissionais do sexo feminino. Dos seis colaboradores da empresa, quatro são mulheres. Além delas, há apenas os dois sócios. 

"As meninas cuidam de tudo, não tomamos nenhuma decisão sem consultá-las", conta Neves. A Meddy tem hoje 500 assinantes, e a perspectiva é que a empresa chegue a 5 mil até o ano que vem.

Além de produtos clássicos utilizados durante o período menstrual -- absorventes, analgésicos, lenços umedecidos -- os kits da Meddy chegam à casa das clientes todos os meses com alguma 'surpresa'. Ao pedido, é acrescentado chocolates, chás e mensagens com tom 'motivacional'. "Perguntamos à namorada do Thiago o que ela gostaria que disessem durante a sua TPM. Ela respondeu dizendo que tudo o que quer é que não a deixem nervosa. Por isso pensamos nos recadinhos", explica Netto.

A perspectiva da dupla de empresários é, num futuro próximo, ir para além do público feminino e investir em kits segmentados direcionados para homens, idosos e outros grupos que tenham uso recorrente de produtos farmacêuticos. "Já estamos planejando incluir também outros produtos para quem opta por não tomar anticoncepcional, por exemplo. Sabemos que essa é uma discussão atualmente", pondera o empresário.

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