17 de outubro de 2011 | 17h38
A frustração dos agentes financeiros em relação a uma saída de curto prazo para a crise europeia e também com o fraco superávit comercial brasileiro na segunda semana de outubro amparou a subida do dólar no mercado doméstico hoje, após a queda de 2,15% acumulada nas três sessões anteriores.
Aqui, a moeda norte-americana oscilou com sinal positivo desde a abertura. No exterior, contudo, após um começo de dia fraco em meio aos indicadores ruins dos Estados Unidos, o dólar ganhou impulso em reação a declarações da chanceler da Alemanha e do ministro de Finanças do país de que a cúpula da União Europeia do dia 23 de outubro não vai apresentar uma solução final para a crise na zona do euro.
O dólar à vista fechou nas máximas da sessão, em meio a um volume de negócios pequeno, cotado a R$ 1,7640 (+1,85%) no balcão e a R$ 1,7525 (+1,27%) na BM&F. Mais cedo, o superávit de US$ 304 milhões da balança comercial do País na segunda semana de outubro estimulou ajustes de posições em dólar, uma vez que veio pior do que o esperado, disse o operador João Medeiros, diretor da Pionner Corretora. O dado reflete exportações de US$ 4,410 bilhões e importações de US$ 4,106 bilhões. No acumulado de outubro, com nove dias úteis, o saldo comercial é positivo em US$ 876 milhões.
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Nos EUA, o índice Empire State de atividade industrial do Fed de Nova York ficou em -8,48 em outubro, pior do que a previsão de -4,5 dos economistas ouvidos pela Dow Jones. O dado indica contração da atividade pelo quinto mês consecutivo. A produção industrial norte-americana cresceu 0,2% em setembro ante agosto e ficou em linha com as previsões. Porém, a variação da produção industrial em agosto foi revisada para zero, em vez da expansão de 0,2% divulgada inicialmente.
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