14 de março de 2014 | 07h05
Depois de trabalhar dez anos na Microsoft, o empresário Mauricio Bussab resolveu resgatar a paixão pela música quando voltou ao Brasil para empreender. Enxergou uma oportunidade no mercado de distribuição e montou a Tratore, em 2002. Este ano, as expectativas estão mais elevadas. Com a certificação da Apple para a distribuição de músicas no iTunes, a empresa espera saltar do crescimento histórico de 5% para 30% no faturamento. No ano passado, o faturamento foi de R$ 1, 5 milhão.
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O negócio começou em 2002, quando Bussab percebeu um nicho na parte de distribuição. "Com a redução do mercado fonográfico, é cada vez mais comum os artistas gravarem e lançarem seus discos sem a participação de uma gravadora. O que estava faltando era uma plataforma de serviços que eles pudessem fazer que não é musical. O artista, de uma maneira geral, sabe tocar música, gravar. Mas quando as cópias do disco chegam nas na casa dele, ele não sabe o que fazer", afirmou.
A Tratore trabalha com música digital desde 2005, inclusive já distribuía as músicas no iTunes. A parceria com a Apple será uma espécie de "cartão de visitas" e vai ajudar a atrair mais artistas. Foram dois anos e investimentos de R$ 250 mil para cumprir todas as exigências da Apple. O valor foi investido em servidores e software, por exemplo.
Na prática, o músico pode fazer tudo pelo site. Ele consegue, por exemplo, fazer o upload das músicas e da capa do disco do próprio computador e colocar para venda no mesmo dia. E a cada venda, o artista pode ser notiifcado por e-mail.
A Tratore distribui 3 mil discos diferentes, de 1,5 mil artistas, como Toquinho, Sepultura, Yamandú Costa, Elza Soares, A Banda Mais Bonita da Cidade e Fresno. Segundo a empresa, 35% das músicas independentes lançadas no Brasil passam pela Tratore. Atualmente, a distribuição digital para 100 lojas virtuais representa 25% do faturamento. A expectativa é atingir 50% em seis anos.
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