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Comércio digital como ponto de partida

Lojas que nascem online podem ser a solução para empreendedores

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Por Redação
Atualização:
Janete (e) e Maíra da Costa decidiram investir no comércio online e se deram bem Foto: MAÍRA DA COSTA/ACERVO PESSOAL

Investimento menor e possibilidade de alcance mais abrangente são alguns dos fatores que atraem empreendedores para o comércio online. Não estamos falando daquelas lojas que têm espaço físico, crescem e depois iniciam as vendas na internet, mas sim dos negócios que já começam no mundo virtual.

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Foi exatamente pelo valor do investimento e falta de experiência na área que Janete e Maíra da Costa desistiram de abrir um restaurante e optaram pelo comércio online de alimentos. Mãe e filha têm dietas controladas: Janete é diabética e vegetariana; Maíra tem intolerância à lactose. “Eu morava na Itália e trocava muitas receitas com a minha mãe”, conta Maíra. “Enquanto eu estava lá, ela teve a ideia de comprar um restaurante. Achei (a ideia) absurda.”

Depois de muita pesquisa para convencer a mãe a não investir, Maíra se deu conta de que tinha nas mãos uma boa oportunidade de negócio. Em 2016, depois de montar um plano com auxílio do Sebrae, elas abriram o Free Soul Food, empresa de venda online de alimentos saudáveis (avulsos ou em planos de refeições). “A gente começou com um cliente e conseguiu 2.500 já no primeiro ano”, afirma Maíra.

Além da proposta saudável, a valorização do trabalho de mulheres imigrantes rendeu a elas o Selo Municipal de Direitos Humanos e Diversidade da Prefeitura de São Paulo em 2018.

“O comércio online representa 4% das vendas do varejo, com potencial para chegar a 10% em, no máximo, cinco anos”, afirma Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

Segundo Terra, os supermercados ainda são os grandes responsáveis por puxar esse número para baixo, já que representam boa parte do varejo e têm pouca adesão online. Produtos de informática e vinhos, por outro lado, são alguns dos mercados que mais prosperam na internet.

O presidente da SBVC afirma que o e-commerce responde por 36% e 26% da venda desses produtos, respectivamente. “Você tem a tecnologia, um smartphone com internet na mão de quase todos. E a oferta está ajustada, as empresas estão investindo.”

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Por número de pedidos, ‘moda e acessórios’ lidera o e-commerce, com 14,2% do mercado, como mostra o Ranking SBVC das 50 maiores empresas do e-commerce brasileiro em 2018.

É nela que se encaixa a Amaro, marca que nasceu online em 2012 e se orgulha do modelo direct-to-consumer (direto ao consumidor). A empresa é responsável por toda a cadeia do produto, da fabricação ao pós-venda, e dispensa intermediários. Abriu espaços físicos, as guide shops, ainda com o conceito de comércio online predominante. “A participação do e-commerce no varejo total ainda é muito baixa”, relata Dominique Oliver, CEO e fundador da Amaro.

Hoje, são 16 lojas. Em 2019, pretende inaugurar mais três. O faturamento vem dobrando nos últimos anos.

Para quem vai abrir um negócio

Alessandra Andrade, coordenadora do Business HUB da FAAP, dá as dicas:

Inovação: Não é só algo disruptivo. É questão de se diferenciar em processos, serviços, marketing, engajamento.

Plataforma: É importante ter claro qual problema você quer resolver, como você vai resolvê-lo e, então, entender qual a melhor forma disso chegar ao cliente.

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Internet: Existe um equívoco em achar que o online é um fim. Ele é, na verdade, um canal de distribuição.

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