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Desempenho de empresas familiares no Brasil supera a média internacional

Na era das fusões, negócios sobrevivem às tentações e permanecem com espaço importante no mundo dos negócios

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Por Renato Jakitas
Atualização:

Na era das fusões, aquisições e executivos altamente recomendandos, um estudo recente indica que a tendência por empresas familiares vai de vento em popa no Brasil.

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Realizada pela Pwc, o levamento aponta que o desempenho das empresas familiares no País supera, inclusive, a média mundial. Enquanto 79% das empresas brasileiras cresceram nos últimos 12 meses e 76% esperam manter os resultados positivos nos próximo cinco anos, globalmente esses índices são de 65% e 85%, respectivamente. O levantamento foi realizado com mais de 120 companhias familiares no Brasil, enquanto que no mundo foram 2,4 mil pessoas entrevistadas. Esse dado pode ser considerado a cereja no bolo do assunto que, ultimamente, volta a ser comentado por especialistas e empresários, dada a boa fase dos negócios familiares pelo mundo - seja de pequeno, médio e até de grande portes. Há alguns dias, por sinal, a revista Economist publicou uma longa reportagem tratando do tema. O que motivou o interesse do veículo foi o fato de que da lista de 500 maiores fortunas pelo mundo, 19% das companhias ali posicionadas eram controladas por famílias. O "sortudo clube do esperma", como gosta de se referir à sua própria família o megainvestidor Warren Buffet, longe de ser um fenômeno ultrapassado, permanece muito forte no alto comando dos empreendimentos. Para se ter uma ideia do peso desse modelo de gestão, multinacionais como Walmart, Samsung, Foxconn, Exor e Glencore, apesar de serem hoje companhias de capital aberto, têm a família de seus fundadores com pelo menos 18% das ações e, exatamente por isso, um alto poder de decisão nos rumos dos negócio (incluindo a indicação do CEO).  Mas seja de capital aberto ou fechado, há entre especialistas aqueles que defendem a empresa familiar elencando algumas vantagens nesse tipo de negócio quando comparado com outros modelos de gestão. Em primeiro lugar, e isso é um dado histórico, empresas comandadas ou fortemente influenciadas pela família fundadora tendem a desfrutar de uma maior perspectiva de futuro para a marca. Segundo estudo da Universidade de Nova York, negócios tocados por famílias também costumam ser mais afetivos quanto a relação com os colaboradores. Portanto, se você toca uma empresa familiar e se preocupa com o futuro do modelo, o melhor a fazer é investir na transição para as futuras gerações e, se possível, manter o negócio sob o olhar atento de filhos, sobrinhos e netos. Se preparados e dispostos para o desafio, eles representam o que há de melhor para a continuidade de seu esforço empreendedor. 

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