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Descubra o que a sua pequena empresa deve fazer para se dar bem em uma feira de negócios

Especialistas concordam que o sucesso depende basicamente do planejamento do empreendedor

Por Cris Olivette e oportunidades
Atualização:

Participar de feiras de negócios é uma estratégia que pequenos e médios empreendedores têm cada vez mais adotado para divulgar seus produtos e serviços e tentar ampliar seus mercados. Esses eventos também servem para manter os empresários atualizados sobre as tendências, inovações em produtos e processos, e novas tecnologias.::: Siga o Estadão PME nas redes sociais ::::: Twitter :::: Facebook :::: Google + ::

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Em 2012, o Estado de São Paulo sediou 127 grandes feiras. Para o próximo ano, a previsão é de que ocorram 134. Segundo a União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe), a receita que esta atividade gera para São Paulo é de R$ 3,46 bilhões. 

“Para fazer valer o investimento, a palavra-chave é planejamento. Além disso, é preciso abusar da criatividade para atrair o público ao estande”, afirma o diretor do grupo Feira & Cia, Anselmo Carvalho, organizador da ExpoSystems, evento dedicado à indústria de promoção comercial, que vai ocorrer de terça-feira a quinta-feira no Transamérica Expo Center. 

Segundo ele, cada vez mais as feiras são compostas por micro e pequenas empresas (MPEs). “Na ExpoSystems, por exemplo, a maioria esmagadora dos expositores é formada por MPEs, que encontram na feira o ambiente ideal para promover seus produtos e serviços.” 

Carvalho destaca que o empreendedor que busca orientação para participar de feiras vai se sentir amparado com a programação de palestras do evento. “Daremos as informações necessária para quem quer montar um programa adequado de participação em feiras.”

A empresária Daniela Maldonado, diretora do grupo Macroport, que congrega empresas da área de logística, distribuição, locação e comércio internacional, conta que aprendeu na prática a ter uma boa participação em feiras. “Já tivemos nossos percalços. Sabemos o que é ruim e agora também o que é ótimo.” 

Mesmo com essa experiência, Daniela afirma que passou um ano se preparando para lançar uma nova marca na Pet South America 2012. “Nossa experiência até então era muito focada na área de química e pneumáticos. O projeto pet era um desejo meu. Passamos mais de um ano desenvolvendo os produtos. Fizemos muitos estudos para criar um conceito diferenciado, com estampas próprias.” 

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A marca MyNico foi lançada em outubro, durante a realização da Pet South. “O nome foi inspirado no Nico, meu cachorro da raça Galgo.” Daniela diz que a marca tem produtos para todas as raças e uma linha exclusiva para Galgos. Segundo ela, quem vai estrear em feiras deve treinar a equipe para que esteja apta a dar todas as informações sobre a empresa e os produtos. “Ela também deve ser orientados a respeito do que não falar. Se for uma feira internacional, é preciso ter pessoas que falem um ou dois idiomas.” Ela ainda afirma que os folhetos devem ser simples e autoexplicativos. 

Outra dica importante de Daniela é ler com a máxima atenção o manual de instrução de participação da feira. “Nele constam prazos e o regulamento da feira. A leitura atenta evita multas de valores bem significativos.”[/TEXTO]<IP> 

A dona da Flexmoto, fabricante de caçambas para serem acopladas em moto, Tatiana Trindade, debutou no mundo das feiras em 2012. Em outubro ela participou da Feira do Empreendedor, promovida pelo Sebrae. Logo em seguida, no início de novembro, montou estande no Salão da Motocicleta. “Eu nunca tinha participado de uma feira e queria expor meus produtos de uma forma diferente.”

A empresária diz que a Feira do Empreendedor foi mais movimentada, com mais pessoas interessadas em seus produtos. “O Salão da Motocicleta não foi tão legal quanto eu esperava. Mas sei que o resultado demora um pouco, ainda estou tendo retorno dos contatos que mantive.” Para 2013, ela planeja participar de uma feira de transportes. “Vou mudar o foco, acho que esse segmento tem mais a ver com o meu produto.”

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Tatiana afirma que a feira do Sebrae foi mais econômica. “Eles dão um bom desconto para ajudar os pequenos empreendedores.” Segundo ela, o investimento nessa feira ficou em torno de R$ 2,5 mil, enquanto o do Salão da Motocicleta foi de R$ 6 mil. “Esse foi o custo com o aluguel do espaço e montagem básica do estande. Mas além disso gastei com decoração, transporte e alimentação.” 

Com a experiência de quem participa há mais de dez anos de feiras, a Glass Vetro, fabricante de ferragens e acessórios para o mercado vidreiro, ferragista e moveleiro, criou um plano detalhado para a Glass South America 2012. Segundo o gerente de marketing, André Costanzo, a empresa investiu R$ 500 mil e recebeu mais de quatro mil pessoas em seu estande. “Os empresários devem pensar nesse valor como um investimento, não um custo.” Costanzo diz que a melhor forma de computar a relação de custo e benefício é alugar um coletor de dados que faz a leitura do código de barras dos crachás dos visitantes. “Computamos quantas pessoas passaram pelo estande e depois dividimos esse número pelo valor que foi investido. Essa informação também serve para comparar o resultado das diversas feiras que participamos.” 

Ele conta que, para chamar a atenção do público, foi montado um auditório com 40 lugares onde haviatreinamento técnico, para clientes aprenderem a manusear as peças. “Também investimos numa ação de merchandising distribuindo duas mil maletas com rodas com o nome da empresa. Assim, tínhamos pessoas circulando com o nome da Glass Vetro por toda a feira.” 

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