
17 de setembro de 2014 | 07h24
O setor de alimentação, um dos mais lembrados por aqueles que pensam em montar uma franquia, tem também a maior variedade dentro do segmento. São 637 empresas franqueadoras no País, que somam pouco mais de 20 mil unidades e faturamento de R$ 24 bilhões em 2013, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF).
::: Estadão PME nas redes sociais :::
:: Twitter ::
:: Facebook ::
:: Google + ::
Em meio a tanta variedade, é sempre bom lembrar que o melhor negócio é aquele com que o empreendedor mais se identifica. Mas alguns segmentos, é verdade, se sobressaem, seja pela novidade ou saturação de outros modelos ou marcas muito requisitadas. Um setor interessante é o de alimentação saudável, uma novidade que cresce na esteira da maior preocupação do consumidor com saúde e bem-estar. O outro é o serviço de entrega de comida.
“O delivery cresce bastante hoje por duas razões: uma é a conveniência de se evitar o trânsito e a falta de segurança das grandes cidades, que desencorajam a pessoa sair de casa para comer. Outra é o grande crescimento da população de solteiros e jovens casais sem filhos, que também se valem muito do serviço de entrega”, afirma Marcus Rizzo, da Rizzo Franchise.
::: Leia também :::
Franquias no setor de educação
Franquias no setor de beleza e saúde
Na hora de escolher, o consultor recomenda dar preferência a marcas que são especializadas no serviço de entrega, uma vez que o sistema exige expertise diferente. “Quem faz só delivery pode indicar com muito mais propriedade qual o melhor lugar para instalar o negócio, como atender determinadas comunidades por exemplo.”
O serviço de entrega especializada atraiu o empresário Elidio Biazini há 21 anos. Na época, ele trabalhava em uma empresa de tecnologia, mas pensava em empreender. “Vi que o serviço de entrega ainda era muito amador, o pessoal não vinha uniformizado, as pizzas eram ruins. Decidi criar uma empresa que oferecesse a mesma qualidade das pizzarias de salão”, afirma.
A Dídio Pizza virou franquia em 2008, hoje tem 24 unidades na grande São Paulo e faturou R$ 22 milhões em 2013. Ela nasceu com o único objetivo de fazer entregas. “Aqui tudo é pensado para a entrega. Desde o estudo de geomarketing que nos dá o melhor lugar para instalar uma unidade até o formato da loja, que maximiza o espaço da cozinha”, afirma. “Para abrir um salão, teria que pensar em estacionamento e em outros custos. A estratégia mudaria completamente.”
Especialização. Na opinião da diretora da Franchise Store, Filomena Garcia, um novo modelo de negócio que deve crescer é o de marcas que se especializam em oferecer um tipo específico de produto, o que leva a um cardápio menos variado, porém, com mais qualidade. “Estão surgindo novos modelos especializados que focam, por exemplo, só em brigadeiro, tapioca, ou mesmo os food trucks que aparecem em São Paulo”.
O contraponto do forte crescimento desse segmento de franquias é a necessidade de escolher bem qual tipo de serviço o interessado deseja prestar. Para o professor da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), Antonio Sá, é importante saber separar tendência de modismo. “Moda é uma novidade chamativa cujo mercado pode ficar rapidamente saturado. A tendência é diferente porque se apoia em vários fatores. É o caso da comida saudável, que une o fato de as pessoas não terem mais tempo para cozinhar, essa maior preocupação com a qualidade de vida, entre outros”, afirma.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.