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Deficiências do SUS são chances para faturar na área

Pesquisa inédita revela que deficiências do Sistema Único de Saúde podem se transformar em negócios para startups

Por Vivian Codogno
Atualização:

No Brasil, cerca de 70% da população depende do Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimento emergencial ou especializado. A alta demanda transforma, em muitos casos, o atendimento insuficiente, abrindo campo para oportunidades de negócios para os empreendedores de startups. 

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A conclusão integra um levantamento ainda inédito realizado pela norte-americana International Partnership for Innovative Healthcare Delivery (IPIHD), instituição especializada em negócios na área de saúde, em parceria com a aceleradora de negócios de impacto social Artemisia.

Denominado “Tendências de inovação para a saúde na América Latina e Caribe”, o estudo identifica áreas promissoras sobretudo na chamada “saúde digital”, que busca atender pacientes que demandam cada vez mais informações e lançam mão de dispositivos tecnológicos, como computadores, celulares e os wearable devices (acessórios vestíveis).  Classe média. Diante do desafio de empreender na área no Brasil, País em que 85% da população é formada pelas classes C, D e E, responsáveis por 47% da renda total, o instituto Artemísia aponta serviços complementares ao SUS como outra forma eficiente de conquistar uma fatia de mercado ainda não atendida.  Na prática, são negócios que melhoram a qualidade do serviço prestado pelo governo por meio de soluções que potencializem atendimento deficitário. 

Segundo o relatório, despontam como promissoras ideias de negócios que seguem a tríade “rapidez, eficiência e baixo custo”. 

Recursos. Dados da consultoria PwC indicam que, somente dos Estados Unidos, startups da área de saúde levantaram US$ 3,9 bilhões (cerca de R$ 14,78 bilhões) em investimento-anjo e venture capital apenas no primeiro trimestre de 2015. O crescimento, quando isolado apenas o nicho de tecnologias digitais na área, foi de 56%, comparado ao mesmo período do ano passado.

O Brasil ainda não produz dados sobre o setor. Mas, de acordo com a mesma PwC, a estimativa é de que o setor movimente R$ 14,73 bilhões em dois anos.

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Na opinião da Artemísia, doenças crônicas não transmissíveis como hipertensão e lesões de coluna são enfermidades que constituem oportunidades para negócios de impacto social, voltados à promoção da saúde preventiva. Estima-se que 31% da população brasileira enfrenta algum problema do tipo. A hipertensão é considera a principal causa de morte no País em todas as faixas de renda.

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