
13 de dezembro de 2013 | 06h39
A opinião de especialistas é fundamental para os micro e pequenos empresários que pretendem, de uma vez por todas, planejar com eficiência. E para eles são dois os aspectos a serem levados em consideração pelo empreendedor: ficar atento, o tempo todo, à dinâmica do mercado em que o negócio está inserido e buscar capitalização durante o ano para fazer bonito no Natal de 2014.
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“É preciso saber quais são os eventos do segmento durante o ano todo, como por exemplo as feiras específicas”, destaca Marcelo Ermini, professor de MBA em marketing da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Segundo o professor, cada tipo de negócio precisa descobrir quando deve começar a planejar suas atividades. Mas isso, quase sempre, tem de ser feito bem antes das festas.
Outro aspecto importante do planejamento, e que deve ser adotado durante o ano todo pelo empreendedor, é buscar o que o professor Nuno Fouto, da FIA, chama de estoque ideal de produtos. E esse objetivo só será obtido com a análise criteriosa do histórico de vendas e da descoberta de quais itens comercializados são mais – ou menos – lucrativos para o negócio.
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Segundo Geraldo Aparecido Borin, professor de empreendedorismo da PUC-SP, estudar o mercado e a dinâmica do próprio pequeno negócio é fundamental para prosperar. Além do histórico da empresa em outros anos ou meses, o professor também considera importante o empreendedor olhar o que está acontecendo no mercado. Para conseguir isso, ele pode recorrer a informações de institutos de pesquisas e entidades de classes. “A empresa tem de trabalhar os dados, que nem sempre veem prontinhos ou são fáceis de encontrar, para construir possíveis cenários e previsões”, recomenda o especialista.
Outro aspecto importante a ser observado pelo comerciante na preparação para o Natal é o visual da loja. E segundo o professor Marcelo Ermini, a empresa deve se preocupar com esse assunto com antecedência.
Ermini explica que tudo começa com o planejamento da fachada e da vitrine do estabelecimento – e o plano deve contemplar ainda, com o mesmo nível de detalhamento, a parte interna do ponto de venda.
Além de preocupar-se com a comunicação visual da marca, o lojista tem de pensar na organização do local, sempre levando em conta um só objetivo: como facilitar, ao máximo, o processo de compra do consumidor. “No varejo, tudo é detalhe”, acredita o especialista. “O empreendedor não pode se dar o luxo de perder uma venda; venda perdida é venda perdida”, finaliza o especialista da área.
Perigo. O planejamento para o fim de ano também precisa prever com bastante antecedência – no mínimo seis meses – alguns problemas que podem colocar em risco a saúde do empreendimento. Pelo menos é essa a opinião do professor de economia da FEA-USP, Paulo Feldmann.
“Tem muita empresa que fecha a porta porque o final de ano não deu certo”, alerta Feldmann. O primeiro ponto de atenção no planejamento deve ser com o aumento de custos – o empresário naturalmente, no fim do ano, gasta mais para aumentar o estoque de produtos à venda, para pagar o 13º salário da equipe de funcionários e para contratar força temporária de trabalho.
Dessa forma, uma sugestão do professor de economia, principalmente para aqueles que são microempresários, é pensar muito bem de que maneira ele vai capitalizar o empreendimento para enfrentar essa realidade vivida pelo comércio no fim de cada ano. E também para resolver eventuais emergências no percurso – acredite, elas sempre ocorrem.
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