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Crise na Europa vai afetar exportação das pequenas empresas

Importação de commodities deve diminuir. Indústria também sofrerá impactos de crise

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Por Redação
Atualização:

O turbulento cenário econômico na Europa pode impactar negativamente as exportações de micros e pequenas empresas para a região. Segundo especialistas, ainda não é possível mensurar o tamanho do impacto, mas a tendência é que elas sejam afetadas pois a Europa é o segunda maior importadora de commodities do País, ficando atrás apenas da América Latina. 

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A tendência, segundo Juliano Seabra, diretor de educação, cultura e pesquisa da Endeavor, é de que as micro e pequenas empresas sofram mais com as incertezas econômicas que assolam a  região: “Em um primeiro momento, os empresários podem sentir a diminuição da demanda e do consumo por parte dos europeus.  Depois desta etapa é que fatores internos, como a sobrevalorização do real, podem vir a contribuir para o aumento de uma crise”.

O temor do mercado diante de uma iminente crise na economia da Europa justifica-se pelo grande trauma provocado pelo caos econômico de 2008. De acordo com Jaime Akila Kochi, consultor do Grupo de Internacionalização do Sebrae/SP, em 2007, pouco antes da hecatombe financeira acontecer, as pequenas empresas brasileiras exportavam U$ 3 bilhões. Em 2009, passado o auge do caos econômico, o registro foi de US$ 1,3 bilhão.

“Pulverizar a área de atuação pode ser a melhor forma de não sentir gravemente a crise. Os empresários, principalmente os do setor industrial,devem explorar novos mercados”, recomenda Kochi.

CautelaAs pequenas empresas brasileiras só serão afetadas diretamente pela crise européia se o País, de fato, for afetado. De acordo com Rogério Cesar de Souza, economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), se este movimento se cristalizar, como em 2008, o setor industrial será o principal atingido.

Outro aspecto que deve ser considerado por empresários, segundo Souza,  é que dependendo da crise de liquidez na Europa o crédito pode sumir. Com isso, ficará mais difícil conseguir empréstimos e financiamentos e custará mais obter capital de giro em um banco. “É um momento para se ter cautela e ponderar antes de assumir dívidas ou até mesmo expandir”.

Crise na zona do euroA perspectiva de uma nova recessão global  é agravada pela crise na zona do euro.  Na última quinta-feira (4), bolsas de todo o mundo fecharam em forte queda e as commodities tiveram perda acentuada. Além disso, Itália e Espanha potencializam ainda mais o temor de uma nova crise mundial pois não há sinais de que eles conseguirão honrar suas dívidas. Existe ainda o temor de que Europa e Estados Unidos estariam se desacelerando ao mesmo tempo, o que preocupa investidores do mundo inteiro.

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