A receita das micro e pequenas empresas paulistas encolheu R$ 11,5 bilhões, foi de R$ 48,1 bilhões, em doze meses - entre setembro do ano passado e o mesmo mês deste ano. A conclusão faz parte de levantamento feito pelo Sebrae-SP que foi divulgado nesta quarta-feira, 18. Com isso, a queda no faturamento real - já descontada a inflação - chegou a 19,2%. Trata-se do maior porcentual de queda para um mês de setembro em relação a igual período do ano anterior desde o início da pesquisa mensal, organizada faz 17 anos.
A queda, de acordo com o Sebrae-SP, foi generalizada. Na indústria, por exemplo, o recuo foi de 8,5%; mas o setor de comércio, com redução de 18,5%, e de serviços, baixa de 23,6%, sentiram bem mais os impactos da crise econômica pela qual passa o País. Essa retração está ligada à queda de demanda, à piora das condições de trabalho, o que levou às famílias a consumirem menos.
A pesquisa é realizada mensalmente, com o apoio da Fundação Seade, e entrevista 1,7 mil donos de micro e pequenas empresas e mil microempreendedores individuais, chamados de MEIs. No caso desse último grupo de empreendedores, a apuração mostra que o faturamento real apresentou queda de 21,5%, também levando-se em conta setembro deste ano em relação a 2014 - a receita total foi de R$ 2,3 bilhões, ou R$ 639,5 milhões a menos em relação ao ano anterior.