
26 de novembro de 2019 | 12h11
O Sebrae e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) firmaram um convênio para estimular e capacitar mil micro e pequenas empresas (MPEs) de todo o Brasil na internacionalização de suas operações nos próximos três anos. Com investimento de R$ 21 milhões, as instituições oferecem treinamentos, consultorias, rodadas de negócios e apoio para prospecção de mercado.
Segundo dados do Sebrae, mais de 40% das exportadoras brasileiras são micro ou pequenas empresas e foram responsáveis por US$ 1,23 milhão de vendas externas em 2018. Hoje, das 8,3 mil MPEs exportadoras no País, 58% estão no Sudeste e 27% no Sul. Do total, 47,1% são do ramo industrial e 41,2% do ramo comercial.
De acordo com o presidente nacional do Sebrae, Carlos Melles, as três principais razões que levam um empresário a exportar são a taxação menos onerosa no mercado externo, a aceitação dos produtos e a satisfação pessoal por transpor barreiras e atuar fora do País. Apesar disso, ele ressalta que muitos empreendedores estão desatualizados em relação à internacionalização.
"Muitos querem vender seus produtos para fora, mas ainda enfrentam dificuldade. É preciso criar a cultura de que as micro e pequenas empresas podem exportar", diz Melles, que vê no programa uma ajuda importante para isso.
Os empresários selecionados pela parceria entre Sebrae e CNI receberão capacitações a serem ministradas presencialmente e online com temas relacionados a mercados, setores e transversais ao processo de exportação. Ademais, estão previstas investigações em mercados potenciais para analisar informações estratégicas sobre acesso, venda, regulamentação, desembaraço e concorrência.
O acordo propõe, ainda, rodadas de negócio no Brasil com compradores internacionais ou em eventos internacionais com a finalidade de geração de negócios.
Com o objetivo de aumentar em 15% o indicador de aptidão para internacionalização das micro e pequenas empresas, o trabalho será feito para grupos de 20 empreendimentos em pelo menos quatro Estados, podendo ser dos tipos mercadológico estruturante, mercadológico comercial e tecnológico.
“Ao internacionalizarem as operações, as empresas diversificam o mercado, aumentam o giro no estoque e consolidam a marca inclusive no mercado interno. Há ainda o ganho na curva de aprendizagem com a participação em países com realidades distintas da nossa”, afirma o presidente da CNI, Robson Andrade.
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